Sábado – Pense por si

Os bastidores da polémica no Colégio Militar

Fernando Esteves
Fernando Esteves 05 de outubro de 2017 às 11:00

A SÁBADO conta-lhe a história da zanga entre Carlos Jerónimo, general e chefe do Estado-Maior do Exército, e José Azeredo Lopes, ministro da Defesa.

O telefonema entre José e Carlos dificilmente poderia ter sido mais tenso. De um lado da linha, José Azeredo Lopes, ministro da Defesa. Do outro, Carlos Jerónimo, general e chefe do Estado-Maior do Exército. O primeiro queria pedir explicações ao militar sobre as declarações de António Grilo, subdirector do Colégio Militar (CM), numa entrevista aoObservador. Entre outras coisas, o dirigente revelou que os pais dos alunos que manifestam comportamentos homossexuais são aconselhados a afastá-los da escola - isto "no seu próprio interesse", uma vez que a discriminação por parte dos colegas seria uma inevitabilidade. "Podemos dizer que [haver esse tabu] é uma maneira de salvaguarda do são relacionamento entre eles no internato. Repare, eles não se cobrem para nada, não se escondem para nada, não têm armários fechados… para poderem viver como irmãos que são. E na salvaguarda desse relacionamento é bom que não haja afectos", disse António Grilo.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

Gaza e a erosão do Direito Internacional

Quando tratados como a Carta das Nações Unidas, as Convenções de Genebra ou a Convenção do Genocídio deixam de ser respeitados por atores centrais da comunidade internacional, abre-se a porta a uma perigosa normalização da violação da lei em cenários de conflito.

Por nossas mãos

Floresta: o estado de negação

Governo perdeu tempo a inventar uma alternativa à situação de calamidade, prevista na Lei de Bases da Proteção Civil. Nos apoios à agricultura, impôs um limite de 10 mil euros que, não só é escasso, como é inferior ao que anteriores Governos PS aprovaram. Veremos como é feita a estabilização de solos.