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O contrabandista colombiano que anda à solta em Portugal

Tomás Guerreiro 18 de novembro de 2025 às 23:00

Um dos homens mais procurados na Colômbia foi detido em Espanha, fugiu e pediu asilo em Portugal. É alvo de perseguição política, diz. A Colômbia pede extradição.

"Claro que o devia perseguir, é um grande criminoso”, escreveu Gustavo Petro, Presidente da Colômbia, no X, a 9 de junho, quando um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça concedeu a liberdade a Diego Buitrago Marín, após um pedido de asilo em Portugal. É acusado de liderar a maior rede de contrabando da Colômbia, com a “introdução ilegal de cigarros, álcool, têxteis, cerâmica e calçado vindos dos portos de Cartagena, Buenaventura, Bogotá e Cali” e de subornar funcionários públicos — muitos, lê-se no processo consultado pela SÁBADOO nome dele ecoa há 40 anos no submundo latino-americano. De Caldas, região central do país, Diego Buitrago Marín (ou “Papa Smurf” , como é conhecido) começou em 1975, com apenas 12 anos, a trabalhar em entrepostos aduaneiros. Amadureceu e dedicou-se ao comércio “de produtos dos EUA para a Colômbia, incluindo eletrodomésticos”.

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