Sábado – Pense por si

Na fila para a comida do Exército: leite, sandes e relatos de desespero

Raquel Lito
Raquel Lito 01 de abril de 2020 às 07:00

Isidro perdeu o companheiro no último dia de dezembro: a morte terá sido precipitada por coronavírus. Carla é reformada precoce e Adelaide não tem rendimentos. Histórias de quem espera pelo almoço, num parque em Lisboa

A fila para o almoço começa a formar-se a poucos minutos do meio-dia, nesta terça-feira (dia 31) cinzenta. Novos há poucos; prevalecem os de meia-idade, envelhecidos por carências várias, e seniores solitários. Isidro Serra, 61 anos, está entre eles. Agarrado a uma bengala de um metro - que lhe permite medir o distanciamento social imposto pelo coronavírus - e ao trólei preto, aguarda pela entrega da refeição, feita por militares do Exército no jardim da praça Paiva Couceiro, em Lisboa. O fornecimento é assegurado pela Câmara Municipal de Lisboa e Santa Casa da Misericórdia.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
Panorama

Perto das pessoas e das comunidades

Os municípios portugueses têm tido um papel fulcral na promoção da saúde, do bem-estar e da inclusão. E é justamente neste âmbito que se destaca o contributo que a psicologia como ciência e profissão pode dar no cumprimento e na otimização dessa missão.