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Miguel Reis, ex-autarca detido, foi acusado no PS de falsificar votos

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 05 de fevereiro de 2023 às 18:00

Miguel Reis e companhia foram acusados de falsificar votos. Nada aconteceu. O agora detido desmente.

Dezembro de 2013. Era uma noite fria em Anta, em Espinho, e Fábio Aleixo caminhava em direção à secção de voto – era tempo de votar no próximo líder da concelhia do PS Espinho. A urna estava disposta num lugar “que mais parecia a casa de alguém”, lembra o próprio àSÁBADO. “Deve ter sido a casa que alguém disponibilizou.” Lá dentro, ficou chocado com o que diz ter assistido: Miguel Reis e os que viriam a ser seus adjuntos Ângelo Cardoso e Joana Devezas, assim como o marido, Nuno Almeida, atual presidente de junta de Anta e Guetim, terão colocado 30 a 40 votos na urna. “Já sabemos como funcionam estas coisas: eles olharam para o caderno eleitoral, escolheram os militantes de confiança, assinaram e votaram por eles. Os militantes conhecem-se todos uns aos outros. ‘Ah, este é meu amigo, posso dar voto em mim à vontade.’ Era tudo assim”, descreveu. No fim, Aurora Morais perdeu a concelhia e Miguel Reis venceu – naquele que seria um salto na influência do ex-presidente de câmara de Espinho, hoje em prisão preventiva por suspeitas de corrupção em projetos imobiliários.

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