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Dias Loureiro, malas de dinheiro e negócios ruinosos

António José Vilela e Nuno Tiago Pinto 11 de abril de 2017 às 18:33

O ex-ministro foi, durante anos, suspeito de ser responsável por prejuízos de milhões para o BPN. A investigação foi arquivada - mas faz várias revelações sobre a forma como eram feitos negócios no banco

No início de 2003, o funcionário António Tinoco recebeu uma ordem invulgar: teria de ir ao balcão de apoio do Banco Português de Negócios, no primeiro piso do edifício-sede da instituição, em Lisboa, para levantar e transportar um saco com 1,5 milhões de dólares (cerca de 1,4 milhões de euros actualmente) em notas para uma sala no 8º andar. Lá dentro encontrou um casal que falava espanhol e o administrador Manuel Dias Loureiro. Os maços de dinheiro foram então contados e colocados numa mesa e passados para uma mala preta do casal. No fim, Tinoco acompanhou os clientes até à garagem do banco. Colocaram a pasta na bagageira e despediram-se antes da saída da viatura para a movimentada Av. António Augusto de Aguiar.

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