O Conselho de Ministros esteve reunido esta quinta-feira para reavaliar a situação pandémica em Portugal. Prevê-se o alívio de algumas das restrições.
Pais que estejam completamente vacinados, mas cujos filhos ainda não tenham as vacinas, para poderem ir a restaurantes, devem apresentar um resultado negativo nos testes dos filhos.
O primeiro-ministro acredita que esta regra seja alterada, mas que a DGS ainda não tem uma decisão sobre o tema. "SE a DGS definir que não é preciso crianças com menos de 12 anos terem de apresentar teste, o Governo irá ouvir", explicou António Costa.
Quanto aos jovens, Costa diz que não há qualquer indicação de que haja resistência à vacinação, estão até "ansiosos" para serem vacinados, disse o primeiro-ministro.
"Temos de assumir de uma vez por todas que a população é responsável e adulta", diz Costa, pedindo bom senso no uso de máscara.
As medidas da primeira fase entram em vigor este domingo:
- Fim da limitação horária de restaurantes, mercados e espaços culturais (apesar de terem de estar encerrados Às 2h da manhã);
- eventos desportivos passam a ter público (cumprindo as regras da DGS);
- Espetáculos culturais com 66% lotação;
- Casamentos e batizados com lotação de 50%;
- Teletrabalho passa de obrigatório para recomendado.
Fase 2:
- Máscara na rua só em ajuntamentos;
- Casamentos e outras festividades com 75% de lotação;
- Eventos culturais com lotação de 75%
- Fim da lotação em transportes públicos;
- Serviços públicos sem marcação;
Fase 3:
- Abertura de bares e discotecas;
- Fim de restrições por grupos em restaurantes;
- Fim da limitação de lotação nos recintos.
Numa primeira fase, bares e discotecas continuam fechados até à terceira fase, quando 85% da vacinação tiver a vacinação completa.
Terminam então as restrições de bares e discotecas, acabam os limites de grupos em restaurante e outros recintos.
"Acabaram as medidas por concelho", explicou Costa. Homogeneidade da taxa de vacinação, variante delta ser predominante em todo o território e mobilidade do verão são os motivos.
Terminam as limitações horárias em todo o país, tendo apenas de estar fechados até às duas da manhã. "Restaurantes, comércio e espetáculos podem retomar horários normais, mas todos encerrados às duas da manhã."
O primeiro-ministro reforçou a necessidade do certificado de vacinação ou testes negativos para acessos a viagens, estabelecimentos turísticos e restaurantes.
O teletrabalho passa de obrigatório a recomendado.
"Prevemos que no próximo domingo, 57% da população esteja completamente vacinada, ou seja, com duas doses de vacina e que venhamos a atingir os 70% no início de setembro e em outubro, 85% da população com a vacinação completa", explicou Costa.
António Costa informa que é o facto de a vacinação estar tão avançada que permite o aligeirar das restrições.
"Apesar da atual variante ser muito mais variante do que a variante alfa, a anterior levou-nos a taxas de incidência muito superior, graças à vacinação", explicou o primeiro-ministro.
O primeiro-ministro começou por relembrar o impacto que a variante Delta teve na evolução da pandemia.
"Em 17 de junho adoptamos as primeiras medidas restritivas", recordou Costa. "Graças a essas medidas, pudemos verificar que a taxa de incidência e RT se foi agravando até meados de junho, travámos o R(t) e depois começámos a fazer um retorno a uma situação em que o R(t) é inferior a 1", explicou António Costa, informando que o ritmo de transmissibilidade, o R(t) já está abaixo de 1, sendo atualmente de 0,99, revela o primeiro-ministro.
O Conselho de Minsitro esteve reunido esta quinta-feira para reavaliar a situação pandémica em Portugal. Prevê-se o alívio de algumas das restrições.
Em causa poderão estar o fim do recolher obrigatório ou o alargamento do funcionamento das atividades económicas, como referiu na quarta-feira o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira.
"Preparamos os próximos passos procurando o máximo de informação possível para o processo de tomada de decisão", escreveu António Costa no Twitter.
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