Sábado – Pense por si

O mestre da legalização dos chineses

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto 29 de março de 2016 às 21:08

Ao longo de 10 anos, Chen Xiaomin forjou documentos para legalizar mais de mil imigrantes, foi testa-de-ferro e transferiu milhões para a China. Foi condenado a 12 anos de cadeia

É uma regra do crime de colarinho branco: para contornar o sistema – e lucrar com ele – é preciso conhecê-lo ao mais ínfimo detalhe. Foi o que fez Chen Xiaomin, um chinês de 43 anos, naturalizado português desde 2001. Até então era um simples tradutor. A partir do momento em que obteve a nacionalidade, começou a usar as suas ligações entre a comunidade chinesa e, sobretudo, os conhecimentos profundos sobre o modo como a Administração Pública portuguesa funciona para se tornar uma figura central da imigração ilegal deste século. Não é exagero: entre 2001 e 2011, ano em que foi detido, Chen participou nos processos de legalização fraudulentos de mais de mil imigrantes chineses. Com isso acumulou uma fortuna – e foi agora condenado a 12 anos de prisão em cúmulo jurídico e a pagar ao Estado 4,9 milhões de euros pelos lucros obtidos  com a sua actividade ilegal. Uma nota: ninguém sabe onde está.

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