"Vi labaredas que assustavam um santo". Incêndio em Lisboa faz cinco feridos
Presidente da Junta de Freguesia de São Vicente assegurou que "não se trata agora de saber que territórios arderam, mas sim salvaguardar pessoas e bens".
Um incêndio atingiu esta quinta-feira uma zona de mato entre a Penha de França e São Vicente, em Lisboa, e levou à evacuação de uma escola, mas encontra-se já em fase de resolução, de acordo com a Proteção Civil. Do incêndio resultaram cinco feridos ligeiros, segundo avançou o tenente coronel dos bombeiros sapadores de Lisboa, Tiago Dias. Entre as vítimas, assistidas no local, estão quatro moradores e um bombeiro.
Segundo os dados da página da internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o alerta foi dado pelas 12h00 e, passadas cerca de três horas e meia, foi dado como dominado, encontrando-se ainda no local, perto das 16h00, 134 operacionais, 40 meios terrestres e um meio aéreo.
Contactada pela agênciaLusa, a presidente da Junta de Freguesia de São Vicente, onde os Sapadores Bombeiros de Lisboa assinalaram o foco inicial do incêndio, assegurou que "não se trata agora de saber que territórios arderam, mas sim salvaguardar pessoas e bens". "Vi labaredas que assustavam um santo. Tive um receio brutal com a bomba de gasolina que há na freguesia. O vento mudou de direção por duas vezes e o fogo chegou ao Vale da Eira. Descansei quando soube que tinha sido evacuada a escola básica Rosa Lobato Faria", explicou Natalina Moura. Segundo a autarca, as fagulhas chegaram até à Graça.
De acordo com a presidente da Junta de São Vicente, a "mudança repentina dos ventos levou o fogo a algumas barracas perto da Calçada dos Barbadinhos e da Quinta do Gusmão, uma zona que se encontra muito abandonada".
Natalina Moura rejeita que a autarquia não tenha feito a limpeza dos espaços com mato na freguesia: "Ainda na semana passada tínhamos mandado limpar tudo o que era da nossa responsabilidade e o que por lei se pode fazer, já que, devido ao grau de inclinação dos terrenos, há zonas que não se conseguem limpar", referiu.
"O que a junta limpa era o que a junta podia limpar. Não há equipamentos, nem homens para limpar numa determinada inclinação", insistiu.
Natalina Moura avançou que o incêndio teve origem perto de um supermercado na Penha de França quando "alguém se lembrou de fazer uma pequena fogueira e rapidamente se transformou num inferno".
A responsável adiantou ainda àLusaque mandou já limpar um canavial existente junto a uma instituição particular de solidariedade social "de forma preventiva".
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