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Ventura recusa envio de tropas portuguesas para a Ucrânia

Lusa 24 de novembro de 2025 às 18:47

"Tudo farei para evitar que os portugueses participem num teatro de guerra que lhes é alheio", afirma o candidato presidencial.

O candidato presidencial André Ventura garantiu esta segunda-feira que tudo fará para evitar que os jovens portugueses sejam mobilizados para a guerra na Ucrânia, que considerou não ter interesse geoestratégico para Portugal.
André Ventura critica posições de Gouveia e Melo em Lisboa EPA/JOSE SENA GOULAO
"Da nossa parte [Chega] e da minha parte, enquanto candidato a presidente, tudo farei - e acho que nós tudo devemos fazer - para evitar que os portugueses participem num teatro de guerra que lhes é alheio e onde não têm, digamos assim, um interesse geoestratégico como outros países têm", disse o também líder do Chega, em Setúbal. "Se os franceses estão tão entusiasmados com essa hipótese [de enviar tropas para a Ucrânia], têm um bom caminho: peguem os seus jovens, metam-nos lá e depois vamos ver o que é que dá. Agora, ficar entusiasmado com os jovens dos outros, isso é muito fácil de fazer - e o presidente francês é muito hábil nisso -, em ficar entusiasmado em enviar os outros, em enviar portugueses, espanhóis, italianos, para a frente de guerra. Não, já que está entusiasmado, envia os franceses e os franceses certamente serão capazes de resolver a situação", acrescentou. O candidato presidencial André Ventura, que falava aos jornalistas antes de participar numa arruada pelas ruas da baixa de Setúbal, lembrou que o Chega sempre disse que a Rússia era o país invasor e a Ucrânia o país invadido e que foi firme na condenação da Rússia, uma posição de fundo que, na opinião do líder do Chega, todos os países europeus deviam preservar. Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de as comemorações do 25 de novembro serem principalmente dos partidos de direita, André Ventura mostrou-se convicto de que todos os partidos vão participar, com exceção do PCP. "Penso que todos os partidos vão estar presentes, exceto o PCP, que se sente que é o derrotado desta data, e eu compreendo isso. Pelo PCP nós nunca teríamos tido o 25 de novembro, teríamos tido a instalação em Portugal de uma ditadura de tipo soviética, que nós combatemos e que aqui Setúbal sabe o que é isso muito bem. E Setúbal, o distrito onde estou hoje, sabe o que é ter de enfrentar o comunismo e ter de o derrotar.  Nós, aliás, vencemos as últimas legislativas aqui e espero que possa acontecer o mesmo nas eleições presidenciais", recordou André Ventura. "Eu espero que amanhã seja uma cerimónia que nos une a todos, os mais à direita, os mais centro-esquerda e os mais centro-direita, porque foi o dia em que verdadeiramente nós recuperámos uma liberdade que estava em risco, estava em risco numa revolução que tinha tido os excessos que teve, como todas as revoluções têm, mas que nos tinha metido a todos num risco de não ter liberdade, não ter democracia, não ter liberdade de imprensa, não ter liberdade de opinião, não ter liberdade partidária, não ter liberdade de expressão", concluiu André Ventura.
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