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Utentes do Metro protesta contra carruagens paradas com esqueleto

22 de janeiro de 2018 às 12:43

A Comissão de Utentes dos Transportes de Lisboa inicia hoje uma nova acção de luta com o lema "Ano Novo, os problemas do costume: 30 carruagens paradas, 30 dias de luta", alertando para a situação no Metropolitano da cidade.

AComissão de Utentes dos Transportes de Lisboainicia hoje uma nova acção de luta com o lema "Ano Novo, os problemas do costume: 30 carruagens paradas, 30 dias de luta", alertando para a situação no Metropolitano da cidade.

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Foto: Lusa
Foto: Lusa

"Se há um ano atrás a situação do Metro já era grave, com 20 carruagens paradas por avaria ou falta de peças, agora é caótica, com mais de 30 carruagens inoperacionais", alertou hoje em comunicado a Comissão de Utentes dos Transportes de Lisboa (CUTL).

A CUTL lançou uma campanha de 30 dias de luta, alertando para o facto de os utentes sofrerem as consequências do "desinvestimento e da degradação do serviço público de transportes", acrescentando que a acção contará ainda com a "presença especial" de Vítor Utente, "um utente que de tanto esperar pelo metro virou esqueleto".

A comissão afirma que, em 2018, "ainda estão por concretizar promessas de 2016 e 2017", lamentando a "degradação do serviço" dia após dia e lembrando que "não foram feitas as obras nas várias estações que estão imensamente degradadas e não garantem as condições mínimas de acessibilidade".

A comissão de utentes lembra ainda que a estação de Arroios encerrou, sem que os moradores, comerciantes e populares sejam informados do andamento da obra e sem que sejam assegurados trajectos alternativos.

"Dos 30 maquinistas prometidos há mais de um ano apenas dez já se encontram ao serviço, não foram contratados os trabalhadores em falta e estão hoje 30 carruagens paradas por falta de peças", acusa.

A comissão de utentes denuncia, uma vez mais, o "profundo agravamento nos últimos anos do estado dos transportes públicos na cidade de Lisboa", nomeadamente "por consequência do brutal desinvestimento levado a cabo pelo último governo PSD/CDS-PP", afectando não só aqueles que vivem em Lisboa, mas também aqueles que chegam à cidade através dos vários meios de transporte.

"Muito tem sido prometido -- o primeiro-ministro prometeu um investimento de 30 milhões no Metro em 2017, têm surgido propostas de alargamento da rede do metropolitano, anúncios de que as linhas Azul e Amarela do Metropolitano de Lisboa serão reforçadas com mais um comboio à hora de ponta (mas não se sabe a partir de quando é que esse reforço acontecerá)", pode ler-se ainda no comunicado.

O Orçamento do Estado para 2018, segundo a comissão, "não trouxe boas notícias" para o Metro e os seus utentes, uma vez que apesar de se reconhecerem os vários problemas que o Metro enfrenta, "apenas se prevê um investimento de 1,3 milhões para remodelação e reparação da frota".

A acção que hoje tem início na estação de metro do Marquês de Pombal irá desenvolver-se ao longo de 30 dias. Na primeira semana de campanha, a comissão de utentes irá estar presente terça-feira no Terreiro do Paço, quarta, no Colégio Militar, quinta no Jardim Zoológico e sexta-feira na Praça de Espanha, sempre entre as 17:00 e as 19:00.

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