Secções
Entrar

Tribunal decide a favor de duas escolas com contrato de associação

01 de agosto de 2016 às 20:53

Ministério da Educação anunciou que vai recorrer desta decisão do Tribunal de Coimbra contra o despacho da secretária de Estado da Educação

O Tribunal de Coimbra decidiu a favor de duas escolas privadas com contrato de associação que vão poder receber inscrições e matrículas sem limitação geográfica, mas o Ministério da Educação revelou que vai recorrer da decisão.

"O Centro de Desenvolvimento Educativo de Cantanhede e Centro de Estudos Educativos de Ançã podem receber inscrições e matrículas para o próximo ano lectivo sem qualquer limitação", anunciou hoje a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) em comunicado enviado para a Lusa, tendo por base as decisões do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra.

Em causa está a guerra que opõe os estabelecimentos de ensino privado com contrato de associação e o Ministério da Educação (ME) que, através de um despacho assinado este ano pela secretária de Estado Adjunta e da Educação, quis limitar os apoios financeiros apenas às zonas onde existe carência de oferta pública de escolas.

Os colégios decidiram avançar judicialmente para contestar o despacho que veio introduzir limitações geográficas à origem dos alunos matriculados nos estabelecimentos privados.

Hoje foram conhecidas mais duas sentenças do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, que vieram dar razão às escolas e decretar a suspensão do despacho da secretária de Estado.

Questionado pela Lusa sobre esta situação, o gabinete de imprensa do Ministério da Educação (ME) confirma que as decisões -- "são as únicas duas desfavoráveis ao ministério até ao momento" - e garante que "irá interpor recurso para o Tribunal Central Administrativo".

Para o presidente da AEEP, Rodrigo Queiroz e Melo, "estas duas decisões adicionais por parte da justiça, que dão razão a estas escolas de forma plena e em toda a linha, vêm comprovar, uma vez mais, que muito mal tem andado o Ministério da Educação quanto a este assunto. Todas as certezas jurídicas que foram afirmadas publicamente e que fundamentaram a decisão tomada pelo Governo de rasgar os contratos unilateralmente, estão a ruir"

O ME sublinha, por seu turno, que "as restantes quatro anteriores providências cautelares já decididas (três em Coimbra e uma em Leiria), foram decididas a favor do Ministério da Educação".

O ministério escusa-se a comentar o conteúdo de decisões judiciais, limitando-se a dar nota das decisões proferidas.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela