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Suspensa a greve nos bares dos comboios Alfa Pendular e Intercidades

02 de março de 2019 às 16:49

Trabalhadores da Almeida & Cadima cumpriam, pelo segundo dia consecutivo, uma greve em defesa dos direitos dos trabalhadores, contra a desregulamentação dos horários e por aumentos salariais.

Os trabalhadores dos bares dos comboios Alfa Pendular e Intercidades, que este sabádo cumpriam um segundo dia de greve com uma "adesão de 100%", decidiram aceitar a antecipação das negociações proposta pela empresa e suspender o protesto, anunciou fonte sindical.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, hoje reunidos, os trabalhadores da sociedade Almeida & Cadima, Ld.ª, pertencente à LSG Group (Lufthansa), "aceitaram antecipar o calendário negocial e, como prova de boa vontade, não prolongar mais a greve".

Em comunicado, o sindicato adianta que a Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT) "já convocou a empresa para uma reunião no dia 7 de março".

Os trabalhadores da Almeida & Cadima, que desde dezembro de 2018 explora o serviço de refeições dos comboios Alfa Pendular e Intercidades, cumpriam hoje, pelo segundo dia consecutivo e "com um adesão de 100%", segundo o sindicato, uma greve em defesa dos direitos dos trabalhadores, contra a desregulamentação dos horários e por aumentos salariais.

De acordo com o sindicato, "mal assumiu a concessão, a LSG pôs em causa direitos dos trabalhadores": "Deixou de pagar o trabalho em dia feriado conforme determina o Acordo de Empresa (com 200%), deixou de pagar o trabalho suplementar, alterou as escalas perturbando a vida pessoal e familiar dos trabalhadores, reduziu o valor mensal pago no subsídio de alimentação, deixou de pagar o subsídio de alimentação nas férias, despediu trabalhadores precários e descontou faltas que antes eram pagas", explicou à Lusa o coordenador sindical Francisco Figueiredo.

"Os trabalhadores reagiram energicamente junto da empresa, protestando e reclamando os direitos roubados, mas a empresa poucas situações regularizou", sustentou.

Na última reunião de negociações, refere o sindicato, a empresa, "em lugar de assumir compromissos no sentido de repor todos os direitos dos trabalhadores e assegurar aumentos salariais justos, veio propor a desregulamentação dos horários, a criação de um banco de horas e a remissão para a lei geral do pagamento do trabalho em dia feriado e do subsídio noturno".

Isto, acrescentou ainda, "sabendo, como sabe, que pelo Código do Trabalho o patronato só é obrigado a pagar 50% nos feriados e não é obrigado a pagar subsídio noturno no turismo".

A agência Lusa tentou, sem sucesso, ouvir a administração da Almeida & Cadima.

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