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INEM. Sete mortes na última semana durante perturbações no atendimento

Leonor Riso 07 de novembro de 2024 às 14:33

Técnicos de emergência pré-hospitalar do Instituto Nacional de Emergência Médica estão em greve às horas extraordinárias para pedir a revisão da carreira e melhores condições salariais. Ministra irá reunir com sindicato.

Sete pessoas já terão morrido devido às perturbações no atendimento das chamadas ao 112 durante o período de greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

O protesto começou a 30 de outubro e, segundo o jornal Público, duas pessoas morreram no fim de semana prolongado após terem sido sentidos perturbações no atendimento das chamadas ao 112.

Esta segunda-feira, dia em que também se deu a greve da Função Pública, morreram cinco pessoas.

Os casos verificaram-se em Bragança, Tondela, Almada, Cacela Velha, Vendas Novas, Castelo de Vide e Ansião.

Hoje, Luís Montenegro reconheceu a falta de 800 técnicos de emergência pré-hospitalar e a ministra da Saúde vai reunir de urgência com o sindicato STEPH às 16h30. 

Na quarta-feira, o INEM anunciou um conjunto de medidas de contingência para otimizar o funcionamento dos CODU, como a criação de uma triagem de emergência para chamadas com espera de três ou mais minutos.

O INEM pretende integrar enfermeiros nos CODU para realização de determinadas funções, rever os procedimentos relativos à passagem de dados das equipas de emergência no terreno, assim como os fluxos de triagem do CODU e do SNS24 para transferência de chamadas entre estes serviços.

Desde 30 de outubro que os técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH) estão em greve às horas extraordinárias para pedir a revisão da carreira e melhores condições salariais, uma situação que está a criar vários problemas no sistema pré-hospitalar e na linha 112.

Na segunda-feira, a greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar obrigou à paragem de 44 meios de socorro no país durante o turno da tarde, agravando-se os atrasos no atendimento da linha 112.

O INEM já confirmou o impacto da greve, recomendou às pessoas que não desliguem as suas chamadas até serem atendidas e anunciou um reforço do Sistema Integrado de Emergência Médica com 10 ambulâncias de socorro, distribuídas por Postos de Emergência Médica em corpos de bombeiros e delegações da Cruz Vermelha Portuguesa.

Com Lusa

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