Racismo nas redes sociais da PSP. Marcelo condena e autores estão a ser identificados
O Presidente da República publicou uma nota em que exprime “toda a solidariedade em relação ao anúncio de um concurso para oficiais da PSP”. Autores estão a ser identificados.
Marcelo Rebelo de Sousa expressou, esta terça-feira, solidariedade para com a Polícia de Segurança Pública. Em causa estão "diversos comentários de teor racista", feitos a um anúncio a um concurso de recrutamento, em que a imagem utilizada é a de um agente negro. A publicação foi feita no dia 16 de junho, nas redes sociais da PSP.
Numa nota publicada esta terça-feira, no site oficial da Presidência da República, lê-se: "O Presidente da República falou com o Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), exprimindo toda a solidariedade em relação ao anúncio de um concurso para oficiais da PSP, bem com a atuação desta Instituição neste contexto".
A PSP também se manifestou sobre este assunto e, num comunicado enviado às redações, na segunda-feira, referiu que "repudia qualquer tipo de discurso ou comentário de teor racista" e faz questão de relembrar que "todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei, e que ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito, ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual, conforme consagrado na Constituição da República Portuguesa".
A PSP terminou o comunicado com um apelo para que "todos os cidadãos mantenham um comportamento cívico adequado para contribuir para a paz social".
Na sequência deste acontecimento, a polícia já enviou para o Ministério Público a "informação que considera ter relevância criminal". A PSP remeteu ainda à Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial "os comentários que consubstanciam infração de natureza contraordenacional", da competência desta entidade, adianta a Lusa.
"A Polícia de Segurança Pública [PSP] fez uma identificação desses comentários, avançou com procedimentos contraordenacionais, e ao mesmo tempo participou ao Ministério Público, como deveria ter feito", apontou também esta terça-feira o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, citado pela agência Lusa.
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