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PSP terá "tolerância zero" com atos de "violência"

Diogo Barreto 23 de outubro de 2024 às 17:52

A PSP anunciou que vão ser identificadas dezenas de pessoas pela prática de crimes e que está a monitorizar as redes sociais para apurar responsabilidades no "incitamento à violência". Em causa, os desacatos desencadeados após a morte de um homem baleados pela PSP.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) assegurou esta quarta-feira que terá "tolerância zero" com atos de violência levados a cabo por "grupos criminosos".

Populares incendeiam autocarro no bairro do Zambujal

Numa conferência de imprensa que contou com o diretor nacional em suplência da PSP, Pedro Gouveia, foi afirmado que haverá "tolerância zero" para desacatos como os que se verificaram na última noite na área metropolitana de Lisboa. "É importante salientar que repudiamos claramente e que temos e teremos tolerância zero a qualquer ato de desordem e destruição praticados por grupos criminosos que, apostados em afrontar a autoridade do Estado e perturbar a segurança das comunidades, executam ou têm vindo a executar as ações que os jornalistas têm presenciado", disse Pedro Gouveia.

No arranque da conferência de imprensa, o responsável da PSP começou por referir que estava a falar em nome de "todas as entidades que estão coordenadas no sentido de repor a tranquilidade e a ordem pública", passando depois a transmitir um sentimento de pesar "para a família e amigos" de Odair Moniz, que morreu na segunda-feira, baleado por um agente da PSP. Gouveia assegurou que as circunstâncias que levaram à morte do cozinheiro de 43 anos estão a ser investigadas e que o processo está em segredo de justiça, acrescentando ainda que a PSP irá acatar as conclusões do inquérito que foi aberto, tanto o interno como o judicial.

"Mas, até lá, é importante salientar que repudiamos e teremos tolerância zero a qualquer ato de desordem e destruição de grupos criminosos", afirmou, acrescentando que "as formas de manifestação que estão a acontecer são atos ilegais, contrários à lei e que prejudicam os demais cidadãos de bem, ao prejudicar o mobiliário urbano, a mobilidade das pessoas e o respeito às autoridades do Estado". "Em suma, a PSP estará e permanecerá na rua garantindo que as pessoas de bem têm a sua segurança assegurada e que a ordem pública regressa", sublinhou.

Foi também referido várias vezes que as autoridades estão a monitorizar as redes sociais em busca de incitações à violência para "também poderem ser responsabilizados ciminalmente se a isso houver lugar". 

Já o comandante metropolitano de Lisboa, o superintendente Luís Elias, fez um balanço da atuação policial dos últimos dias, lembrando as "mais de 60 ocorrências regitadas nos últimos dois dias, três detenções, dezenas de indivíduos prestes a ser identificados por instigação à prática de crimes, incluindo nas redes sociais", dois polícias feridos, duas viaturas policiais danificadas com armas de fogo, dois autocarros roubados e incendiados e ainda dois cidadãos vítimas de ofensa à integridade física através de arma branca".

Luís Elias explicou ainda que foi acionada a polícia de intervenção depois da equipa destacada para o Bairro do Zambujal, onde vivia Odair Moniz, ter sido alvo de agressões com pedras da calçada. Informou ainda que houve um reforço da presença policial nas ruas do bairro de Alfragide incluindo com drones. "Uma minoria de cidadãos não pode perturbar segurança de toda a comunidade", condenou o superintendente.

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