Secções
Entrar

PS remete para "hora própria" comentário sobre candidatura de Ana Gomes

11 de setembro de 2020 às 14:51

José Luís Carneiro salientou que presidenciais são eleições em que cidadãos se candidatam e não "candidaturas patrocinadas pelos partidos políticos".

O secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, remeteu esta sexta-feira para a "hora própria" um comentário do partido sobre as eleições presidenciais, depois de ter sido questionado sobre a candidatura a Belém da socialista Ana Gomes.

"Como já dissemos em momento oportuno, há horas próprias, momentos próprios e locais próprios para avaliar e decidir sobre o modo como o Partido Socialista encarará as eleições presidenciais", assinalou José Luís Carneiro, na sede do partido, em Lisboa, depois de ter sido questionado sobre a candidatura a Belém da militante socialista e ex-eurodeputada Ana Gomes.

O número dois do PS salientou que as presidenciais "são eleições em que os cidadãos, de livre e de espontânea vontade, com autonomia e responsabilidade, se habilitam ao desempenho dessas funções e portanto não são candidaturas patrocinadas pelos partidos políticos".

Ana Gomes anunciou publicamente a sua candidatura ao mais alto cargo da nação na quinta-feira, afirmando que não podia "desertar" do combate das próximas eleições presidenciais face à situação do país e considerando "inaceitável a desvalorização" deste ato eleitoral pelo PS.

Numa conferência de imprensa na Casa da Imprensa, em Lisboa, Ana Gomes disse que, "durante meses e meses", esperou que o seu partido apresentasse um candidato próprio, saído das suas fileiras ou da sua área política, mas isso não aconteceu.

"Não compreendo nem aceito a desvalorização de um ato tão significante como as eleições presidenciais. O Presidente da República não é eleito para governar, mas a Constituição atribui-lhe um papel vital no equilíbrio do sistema político e partidário. Cabe-lhe defender a Constituição", declarou.

Neste contexto, Ana Gomes salientou que a sua candidatura representará "o campo do socialismo democrático, progressista".

Ana Gomes tem considerado um erro a indefinição dos órgãos nacionais do PS em relação às próximas eleições presidenciais e afirmado por várias vezes que nunca quis uma candidatura que dividisse o seu partido.

Dentro do PS, a candidatura de Ana Gomes recebeu já o apoio do antigo líder parlamentar e ex-eurodeputado socialista Francisco Assis, e do líder da tendência minoritária dentro da Comissão Política do PS, Daniel Adrião.

Até hoje, o secretário-geral do PS não comentou a candidatura de Ana Gomes - atitude que também foi seguida pela maioria dos principais dirigentes socialistas.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela