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Pedro Nuno Santos apresentou a demissão. Costa já aceitou

Diogo Barreto 29 de dezembro de 2022 às 00:50

O Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, apresentou esta noite a demissão do cargo ao primeiro-ministro, António Costa.

O gabinete do primeiro-ministro informou hoje que António Costa aceitou o pedido de demissão do ministro Pedro Nuno Santos. O ministro das Infraestruturas e da Habitação não resistiu ao caso da indemnização à secretária de Estado Alexandra Reis.

António Pedro Santos/LUSA

Em comunicado divulgado pelo gabinete do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos explicou que "face à perceção pública e ao sentimento coletivo gerados em torno" do caso da TAP, decidiu "assumir a responsabilidade política e apresentar a sua demissão", já aceite pelo primeiro-ministro António Costa.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, demitiu na terça-feira a secretária de Estado do Tesouro, menos de um mês depois de Alexandra Reis ter tomado posse e após quatro dias de polémica com a indemnização de 500 mil euros da TAP, tutelada por Pedro Nuno Santos.

"No seguimento das explicações dadas pela TAP, que levaram o ministro das Infraestruturas e da Habitação e o ministro das Finanças a enviar o processo à consideração da CMVM e da IGF, o secretário de Estado das Infraestruturas [Hugo Santos Mendes] entendeu, face às circunstâncias, apresentar a sua demissão", esclarece ainda a nota do Ministério das Infraestruturas e da Habitação.

"Aceitei o pedido de demissão que me foi apresentado pelo ministro das Infraestruturas e Habitação", lê-se no comunicado divulgado pelo gabinete de António Costa minutos depois de Pedro Nuno Santos ter informado que apresentou esta noite a demissão.

António Costa agradece ao ministro "pela dedicação e empenho com que exerceu funções governativas ao longo destes sete anos, quer nas áreas da sua direta responsabilidade, quer na definição da orientação política geral do Governo".

"Destaco o seu contributo decisivo para a criação de condições de estabilidade política enquanto secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares [na altura do acordo parlamentar que ficou conhecido como 'geringonça'] e a energia com que assumiu as suas atuais funções, nomeadamente nas políticas ferroviária e da habitação", acrescenta a nota do gabinete do primeiro-ministro.

António Costa salienta ainda que, "do ponto de vista pessoal", releva com "muita estima a camaradagem destes anos de trabalho em conjunto".

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