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Pedro Marques: Direita "diz Sócrates" quando coisas "lhe correm mal"

13 de maio de 2019 às 12:18

O cabeça de lista do PS às eleições europeias negou estar a fugir à campanha de rua e acusou Paulo Rangel de ter "um problema com a verdade" e "falta de empatia".

O cabeça de lista do PS às eleições europeias, Pedro Marques, criticou esta segunda-feira a direita por aludir ao ex-primeiro ministro socialista José Sócrates, contra a sua candidatura, sempre que "as coisas lhe estão a correr mal", e mostrou-se orgulhoso do seu percurso.

"Quando não tem mais nada para dizer, a direita diz 'Sócrates'. É o habitual na direita. A direita, quando as coisas lhe estão a correr mal, diz a palavra 'Sócrates', eu tenho um orgulho enorme do meu trabalho em toda a minha vida política", declarou, no dia de arranque oficial da campanha.

Em declarações aos jornalistas após uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Bragança, o ex-secretário de Estado da Segurança Social no Governo de José Sócrates, entre 2005 e 2011, enumerou vários projetos de cariz social em que esteve envolvido, no seu percurso político.

Pedro Marques lembrou os tempos em que foi vereador no Montijo, quando conseguiu abrir uma casa para vítimas de violência doméstica, "contra um Governo de Direita que não queria distribuir os fundos" para desbloquear o projeto.

Recordou também o lançamento do programa Pares, durante a governação de José Sócrates, "que criou 400 creches no país e centenas de lares, a criação do complemento solidário para idosos, e a retirada dos fundos do Quadro Comunitário de Apoio da "estagnação".

"O meu património é conhecido, tenho muito trabalho feito em todo o meu percurso politico e essa deve ser a medida para os portugueses olharem para este cabeça de lista do PS e para comparar com a falta de trabalho do cabeça de lista da direita", concluiu.

Paulo Rangel tem "problema com verdade" e falta de "empatia"

No final da visita, Pedro Marques negou estar a fugir à campanha de rua e acusou o seu adversário direto do PSD de ter "um problema com a verdade" e de "falta de empatia".

"Essa é uma crítica absolutamente extraordinária. Paulo Rangel tem sido um especialista em maledicência e tem talvez um problema com a verdade. Ando literalmente há três meses na rua a falar com pessoas em todo o país", contrapôs.

De acordo com o cabeça de lista europeu do PS, caso se faça "uma pequena consulta" às suas contas em redes sociais será possível encontrar dezenas de encontros de rua com as pessoas".

"É preciso conhecer o país e conhecer as suas realidades. Aqui, em Bragança, na Santa Casa da Misericórdia, estive a falar com pessoas concretas, com pessoas em situação de dificuldade, que merecem apoio social e a nossa atenção", alegou ainda.

A seguir, procurou traçar diferenças de perfil entre si o eurodeputado social-democrata.

"Não tenho qualquer problema de empatia nem de paciência para falar com as pessoas, aliás como tem Paulo Rangel. De facto, há quem consiga falar com as pessoas e há quem tenha de facto pouca paciência para falar com as pessoas", afirmou.

Pedro Marques sustentou ainda que a sua campanha europeia "tem sido de esclarecimento com apelos às pessoas para que vão votar no próximo dia 26".

"Às pessoas que fazem esse tipo de críticas e para não dizerem coisas disparatadas, peço o favor que vão ver o meu Facebook de campanha, desde Portimão ao Alto Minho, passando pelo Porto e Lisboa. A minha campanha de rua tem sido forte e muito positiva", acrescentou.

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