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Pagamentos de ordenados no agrupamento Vergílio Ferreira em risco

14 de dezembro de 2018 às 20:24

Está atrasado o pagamento de ordenados de professores e funcionários no agrupamento de escolas Vergílio Ferreira, em Lisboa.

O pagamento de ordenados de professores e funcionários no agrupamento de escolas Vergílio Ferreira, em Lisboa, está comprometido, assim como o funcionamento normal das 10 escolas que o compõem, pela saída de dois administrativos, denunciou o seu Conselho Geral.

Na origem do problema está a saída de dois funcionários da secretaria-geral do agrupamento Vergílio Ferreira, por mobilidade, para outro organismo público, que se efectivou a 3 de Dezembro, deixando o agrupamento sem ninguém responsável pelas áreas de contabilidade e tesouraria, esta última sendo o caso mais grave, por ser a que processa e efectua todos os pagamentos, incluindo ordenados de professores e funcionários, e fornecedores, explicou à Lusa Virgínia Conde, do Conselho Geral deste agrupamento, um dos maiores do país, agregando 10 estabelecimentos, cerca de quatro mil alunos e 450 funcionários.

"Desde dia 3 que a secretaria do agrupamento não tem contabilidade nem tesouraria. Desde essa altura que todas as entidades estão avisadas e não deram resposta à direcção do agrupamento e é uma situação muito complicada, porque sem essas duas funções não é possível fazer qualquer tipo de pagamento. Está em causa o processamento e pagamento de salários e fornecedores de tudo o que é necessário para o funcionamento diário de 10 escolas", disse Virgínia Conde.

Segundo a responsável, a saída dos dois funcionários só veio agravar uma situação que já era de falta de recursos desde 2016, altura em que a secretaria-geral do agrupamento ficou a trabalhar com apenas 50% dos funcionários necessários, segundos os rácios estabelecidos.

"Quando se retira tem que se repor. E o que nos está a chocar e a indignar é a falta de resposta do Ministério da Educação. O director de agrupamento tem desencadeado sucessivas tentativas de resolver o problema e não teve resposta. Parece-nos uma brincadeira, uma irresponsabilidade, que não é possível compreender", criticou.

Contactado pela Lusa, o Ministério da Educação adiantou que "tem acompanhado de perto a direcção na tentativa de encontrar a melhor solução o mais cedo possível".

Virgínia Conde não soube esclarecer se a saída dos dois funcionários já provocou efeitos concretos e visíveis no dia a dia das escolas e dos alunos - que entram hoje de férias de Natal - mas espera respostas da tutela antes que se verifique "alguma situação mais complicada", como chegar uma conta da luz e não haja como a pagar, ou faltar comida nas cantinas, papel higiénico e detergente, entre outros aspectos da gestão diária dos estabelecimentos.

"O que queremos evitar é que aconteça esse caos", disse.

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