Novo executivo municipal contará com oito eleitos da coligação vencedora, seis vereadores de PS/Livre/BE/PAN, dois do Chega e um da CDU (PCP/PEV).
O novo executivo da Câmara de Lisboa, sob presidência do reeleito Carlos Moedas (PSD), toma hoje posse para o mandato 2025-2029, numa cerimónia ao fim da tarde na Gare Marítima de Alcântara, que incluirá a instalação da Assembleia Municipal.
Carlos Moedas responde a questões sobre as Autárquicas em LisboaLusa
A agência Lusa questionou o gabinete do atual e reeleito presidente da Câmara de Lisboa sobre a distribuição de pelouros no novo executivo municipal, que contará com oito eleitos da coligação PSD/CDS-PP/IL, seis vereadores de PS/Livre/BE/PAN, dois do Chega e um da CDU (PCP/PEV), mas não obteve resposta.
A cerimónia de instalação dos órgãos municipais para o quadriénio 2025-2029 realizar-se-á a partir das 17:00, na Gare Marítima de Alcântara, com a posse dos 17 eleitos para a Câmara de Lisboa e dos 75 deputados da Assembleia Municipal, em que se incluem os 24 presidentes de juntas de freguesia.
Nas eleições de 12 de outubro, o social-democrata Carlos Moedas foi reeleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa, através da candidatura "Por ti, Lisboa" - PSD/CDS-PP/IL, que obteve 110.586 votos (41,69%) e conseguiu oito mandatos, mais um do que os sete alcançados em 2021, ficando a um de obter maioria absoluta, o que exigiria a eleição de nove dos 17 membros que compõem o executivo da capital.
A nova equipa do reeleito presidente da Câmara de Lisboa inclui Gonçalo Reis (PSD), Joana Baptista (independente indicada pelo PSD), Rodrigo Mello Gonçalves (IL), Diogo Moura (CDS-PP), Maria Aldim (CDS-PP), Vasco Moreira Rato (independente indicado pelo PSD) e Vasco Anjos (IL). Da anterior equipa, Carlos Moedas apenas manteve o democrata-cristão Diogo Moura, que tinha atribuídos pelouros como Economia e Inovação.
A segunda candidatura mais votada foi a "Viver Lisboa" - PS/Livre/BE/PAN, com 90.068 votos (33,95%) e que elegeu seis vereadores: Alexandra Leitão (PS), Sérgio Cintra (PS), Carla Madeira (PS), Pedro Anastácio (PS), Carlos Teixeira (Livre) e Carolina Serrão (BE).
O Chega foi a terceira candidatura com mais votos, apenas mais um que a CDU (coligação PCP/PEV), e elegeu dois vereadores: Bruno Mascarenhas e Ana Simões Silva.
A diferença de um voto refletiu-se na perda de um vereador comunista em Lisboa, comparativamente aos dois eleitos em 2021, tendo a CDU conseguido eleger apenas João Ferreira, falhando a reeleição de Ana Jara.
No mandato 2021-2025, o executivo municipal integrou sete eleitos da coligação "Novos Tempos" - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, sete eleitos da coligação "Mais Lisboa" - PS/Livre, dois da CDU e um do BE. O Chega elegeu vereadores em 2021.
Imediatamente a seguir ao ato de instalação dos órgãos municipais para o mandato 2025-2029, decorrerá a 1.ª sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), para eleição da Mesa da AML, que substituirá a presidente cessante, Rosário Farmhouse (independente eleita pela coligação PS/Livre), que não voltou a ser candidata nas últimas eleições autárquicas.
Nestas eleições, a lista mais votada para a AML foi da coligação PSD/CDS-PP/IL, encabeçada por Margarida Mano (PSD), ex-ministra da Educação e Ciência no Governo de Pedro Passos Coelho, seguindo-se a candidatura PS/Livre/BE/PAN, tendo como cabeça de lista André Moz Caldas (PS), ex-secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros no Governo de António Costa.
Entre os 75 membros que compõe a AML, a coligação PSD/CDS-PP/IL elegeu 21 deputados, a que se juntam 11 presidentes de juntas de freguesia, a candidatura PS/Livre/BE/PAN obteve 18 deputados, somando 12 presidentes de juntas, a CDU conseguiu seis eleitos e um presidente de junta (Carnide) e o Chega elegeu seis deputados.
Em 2021, a coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança conseguiu 17 mandatos na AML e 13 presidentes de juntas, a candidatura PS/Livre obteve outros 17 deputados e 10 presidentes de juntas, a CDU seis deputados e um presidente de junta, o BE quatro deputados, a IL três, o Chega também três e o PAN um.
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