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MP pede prisão "perto da pena máxima" para triplo homicida em barbearia de Lisboa

Lusa 19 de dezembro de 2025 às 14:15

"stamos a falar de uma pena mínima de 16 anos por cada um dos três crimes de homicídio", disse o procurador.

O Ministério Público (MP) pediu prisão "perto da pena máxima" de 25 anos para o homem que matou três pessoas, em outubro de 2024, numa barbearia da Penha de França, em Lisboa.
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Durante as alegações finais, o procurador Rui Baptista considerou que ficaram provados, durante o julgamento, três crimes de homicídio qualificado e uma tentativa de homicídio "por motivo fútil", pelo que o arguido deve ser condenado pela prática destes crimes. O procurador destacou a personalidade conflituosa e agressiva do arguido e a sua falta de respeito pela vida dos outros, tendo cometido crimes de "especial censurabilidade", o que o levou a considerar que "a pena tenha de se situar nos limites mais graves". "Estaremos sempre perto dos 25 anos. Estamos a falar de uma pena mínima de 16 anos por cada um dos três crimes de homicídio", disse, sublinhando ainda que o arguido é acusado de mais uma tentativa de homicídio e de posse de arma proibida. As alegações finais do caso continuam à tarde, pelos advogados de defesa. Esta sexta-feira de manhã foi ainda ouvido, a pedido da defesa, um perito do Instituto de Medicina Legal (IML) acerca da avaliação psiquiátrica do arguido, que reiterou que é imputável pelos crimes. Segundo o médico de psiquiatria do IML Sérgio Mota Saraiva "o diagnóstico não é de esquizofrenia, como alegado pela defesa, mas de "psicose tóxica", com um padrão "consistente com consumos e psicose por abstinência". O arguido, Fernando Silva, está acusado pelo MP de quatro crimes de homicídio qualificado, um deles na forma tentada, e outro de detenção de arma proibida. O arguido foi sujeito a avaliação psiquiátrica, tendo em conta o historial clínico de psicose, mas foi considerado que agiu com consciência do bem e do mal e não cometeu os crimes durante um surto. O crime aconteceu no dia 02 de outubro de 2024, quando Fernando Silva, com uma arma de fogo, foi cortar o cabelo à barbearia "Granda Pente" num bairro da Penha de França, em Lisboa. Como não foi atendido de imediato, disparou sobre o barbeiro, no interior do estabelecimento, e também sobre um cliente e a companheira deste, à entrada da barbearia, tendo matado os três. Disparou ainda sobre um empregado da barbearia, sem conseguir atingi-lo. As vítimas, que morreram no local, foram o barbeiro Carlos Pina e o casal Fernanda Júlia da Silva e Bruno Neto. Após os crimes, o arguido fugiu, tendo sido detido na zona de Setúbal, uma semana depois, com a ajuda de familiares.
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