Secções
Entrar

Movimento Escolas Sem Amianto vai apresentar queixa na Comissão Europeia

10 de outubro de 2019 às 12:48

André Julião. líder do MESA, salientou que este é um problema de saúde pública e tem de ser resolvido no imediato.

O Movimento Escolas Sem Amianto (MESA) vai entregar até ao final do ano uma queixa contra Portugal na Comissão Europeia por inação naremoção de amiantonas escolas, que são edifícios públicos, disse estq quinta-feira o coordenador André Julião. Em declarações à agência Lusa, André Julião, encarregado de educação, coordenador do MESA e um dos organizadores da marcha e do cordão humano realizados na Portela, em Loures, para exigir retirada de amianto das escolas, disse que "só faltam ultimar algumas questões formais para que a queixa seja entregue".

"Estamos também a aguardar pelo resultado da queixa que entregámos em maio à Provedoria de Justiça contra oMinistério da Educaçãopor inação na retirada do fibrocimento degradado, contendo amianto, nos vários estabelecimentos escolares", indicou. Sobre a marcha e o cordão humano, André Julião referiu que o objetivo é chamar a atenção para a problemática do amianto, que ainda existe em muitas escolas.

"Existe não só nas escolas da Portela, mas também em Camarate, São João da Talha, Unhos, Sacavém e muitas outras nos concelhos de Vila Franca de Xira e Odivelas. Temos também tido contactos de escolas de Mira Sintra e do Seixal. Isto é um problema a nível nacional. Nós temos de chamar a atenção por esta via, uma vez que não conseguimos fazê-lo pela via formal, para que o ministério entenda que este tema tem de ser uma prioridade", disse.

O coordenador do MESA contou que o movimento tentou ser recebido pelo ministro da Educação, mas não obteve resposta. "Nesta altura em que vai entrar um novo ministro, deixamos aqui um apelo especial para que o próximo tenha mais sensibilidade para com este problema, que possa ouvir a comunidade escolar, que dê a atenção que o problema merece e tome medidas", realçou. André Julião salientou que este é um problema de saúde pública e tem de ser resolvido no imediato.

Também Íria Roriz Madeira, da associação ambientalista Zero, destacou, em declarações à Lusa durante a realização da marcha, a urgência de se fazer um levantamento e a divulgação de uma lista atualizada de edifícios, instalações e equipamentos públicos com presença de materiais contendo aquela substância.

Centenas de alunos da Escola Básica 2,3 Gaspar Correia e Secundária da Portela e Moscavide, na Portela de Sacavém, fizeram esta quinta-feira uma marcha e um cordão humano no Centro Comercial da Portela para exigir a retirada de amianto daqueles estabelecimentos de ensino.A ação de protesto foi organizada pelos movimentos ESPeloClima, que integra alunos da Escola Secundária da Portela, e Escolas Sem Amianto, da qual fazem parte professores e encarregados de educação do Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide (distrito de Lisboa). O protesto tem por objetivo alertar e exigir para a necessidade de se remover de imediato todo o amianto que existe nas escolas portuguesas, nas quais estão incluídas a Escola Básica Gaspar Correia e a Secundária da Portela .

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela