Ministro Leitão Amaro deixa escapar plano de Governo até à votação da moção de confiança
Ministro da Presidência foi fotografado com uma folha onde constava o plano do Governo. Segundo este rascunho, Montenegro deverá entregar esta quinta-feira "as respostas aos partidos".
O ministro da Presidência, Leitão Amaro, deixou escapar os próximos passos do Governo até à votação da moção de confiança, que será votada na próxima terça-feira, 11 de março.
O rascunho foi divulgado na passada quarta-feira, durante a votação da moção de censura, quando Leitão Amaro utilizou uma folha para ocultar o rosto enquanto falava com o primeiro-ministro. Acontece que a fotografia deste momento acabou por captar o plano do Governo até à votação da moção de confiança.
O primeiro ponto prendia-se com o debate da moção de censura, que aconteceu ontem, quarta-feira, sendo que neste dia estava também previsto os "ministros [aparecerem] na TV".
Segundo o plano, esta quinta-feira ocorre a "entrega das respostas aos partidos", por parte de Luís Montenegro - isto porque tanto o Bloco de Esquerda como Chega já haviam remetido algumas questões ao primeiro-ministro, referentes à sua empresa (Spinumviva), clientes, negócios, e declaração de rendimentos.
Já para sexta-feira (7), está prevista a apresentação de algumas medidas em Conselho de Ministros e entre este dia e segunda-feira, o primeiro-ministro deverá dar uma entrevista a três canais de televisão diferentes, que devem ser os três em sinal aberto. No plano consta ainda a palavra "França", levantando suspeitas acerca de uma viagem a este país.
Segue-se posteriormente a discussão de mais medidas em Conselho de Ministros, entre as quais se destaca, por exemplo, uma discussão sobre a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Se a moção de confiança aprovada hoje em Conselho de Ministros for entregue ainda esta quinta-feira no parlamento, o debate deve acontecer na próxima terça-feira, 11 de março, e deverá resultar no seu chumbo. Se tal cenário se verificar, o País deverá ir a eleições entre 11 a 18 de maio, indicou ontem o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas.
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