Miguel Pinto Luz recusa contribuir para "divisionismos" no PSD
Críticos de Rui Rio têm as assinaturas suficientes para obrigar à convocação de um Conselho Nacional extraordinário com vista à destituição do atual líder.
O vice-presidente da Câmara de Cascais Miguel Pinto Luz afirmou, esta quinta-feira, que não irá contribuir para "divisionismos" no PSD, e considerou extemporâneo falar em "hipotéticas candidaturas" à liderança, uma vez que não há eleições marcadas.
À entrada para a Convenção Europa e Liberdade, na qual é orador, o antigo líder da distrital de Lisboa do PSD foi questionado sobre o eventual avanço de Luís Montenegro como alternativa ao atual líder,Rui Rio. "Avanço para quê? Não há eleições marcadas, como tenho sucessivamente dito. Acho que é extemporâneo falar num cenário que não está em cima da mesa sequer, deixemos a vida rolar e não queiramos constantemente ultrapassar a realidade", afirmou aos jornalistas.
Miguel Pinto Luz, que em outubro defendeu em entrevista aoObservadorque Rui Rio deveria ir a eleições, admitiu ser necessária mais "combatividade política no terreno". "Tiram-me o sono sondagens que dão oPSDnão tão representativo na sociedade portuguesa, mas essa discussão deve ser feita internamente e não me verão a contribuir em nada para divisionismos ou para situações de mais desequilíbrios dentro do PSD", declarou.
Alguns órgãos de comunicação social,incluindo a SÁBADO, noticiaram que os críticos de Rui Rio já têm as assinaturas suficientes para obrigar à convocação de um Conselho Nacional extraordinário com vista à destituição do atual líder e que o antigo líder parlamentar Luís Montenegro confirmará nos próximos dias que está disponível para ser candidato à liderança contra Rui Rio.
Luís Montenegro, que já no Congresso do PSD, em fevereiro, admitiu disputar no futuro a liderança do partido, afirmou na quarta-feira naTSFque falará "muito em breve" sobre o partido.
"Muito em breve falarei sobre o estado do PSD, falarei mesmo sobre o futuro do PSD porque entendo que este estado de coisas tem de acabar e isto tem de mudar: o PSD assim não se vai conseguir afirmar", disse, no programaAlmoços Grátis.
Edições do Dia
Boas leituras!