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Mau tempo: Autoridades marítimas recomendam que pescadores no mar regressem a terra

13 de outubro de 2018 às 15:08

O vento poderá registar velocidades superiores a 80 km/h e rajadas acima de 120 km/h.

A Autoridade Marítima Nacional alertou este sábado para o agravamento do estado do tempo no final do dia, recomendando à comunidade piscatória que se encontra no mar para regressar ao porto de abrigo mais próximo.

Em comunicado, as autoridades - Marinha e Autoridade Marítima Nacional - referem que a previsão do estado do mar e do vento prevê um agravamento das condições meteorológicas e oceanográficas na costa oeste de Portugal continental, nomeadamente entre o cabo Espichel (Sesimbra) e o cabo Mondego (Figueira da Foz), entre a meia-noite de sábado e a noite de domingo.

Segundo o comunicado, a agitação marítima será caracterizada por ondulação e vaga desordenada, com altura significativa que poderá ultrapassar os seis metros de altura e 10 metros de altura máxima.

O vento poderá registar velocidades superiores a 80 km/h e rajadas acima de 120 km/h.

Desta forma, as autoridades reforçam a recomendação, em especial à comunidade piscatória e da náutica de recreio que se encontra no mar, para "o eventual regresso ao porto de abrigo mais próximo e a adopção de medidas de precaução".

É também recomendado o "reforço da amarração e vigilância apertada das embarcações atracadas e fundeadas, bem como evitar passeios junto ao mar", nomeadamente "os molhes das entradas das barras e zonas nas praias junto à água".

Aos pescadores lúdicos de pesca à cana as autoridades aconselham "cautela, evitando pescar junto às falésias e zonas de arriba nas frentes costeiras atingidas pela rebentação das ondas, tendo sempre presente que o mar nestas situações extremas alcança muitas vezes zonas aparentemente seguras".

À população em geral, que frequente as zonas costeiras, as autoridades aconselham que se abstenham da prática de passeios junto à costa e nas praias, bem como da prática de actividades lúdicas nas zonas expostas à agitação marítima, sendo essencial que assumam uma postura preventiva não se expondo desnecessariamente ao risco.

"Caso exista absoluta necessidade de se deslocar até à orla costeira, deverá manter uma atitude vigilante e ter sempre presente que nestas condições o mar pode facilmente alcançar zonas aparentemente seguras", refere o comunicado.

O IPMA colocou 13 distritos sob aviso vermelho por previsão de vento forte, e alguns também por agitação marítima, consequência da passagem por território continental do furacão Leslie.

Setúbal, Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro, Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real, Castelo Branco, Viseu e Guarda e Santarém são os distritos sob aviso vermelho, segundo as informações disponíveis na página na Internet do IPMA.

O furacão Leslie vai atingir o território continental já como depressão pós-tropical, mas com ventos com "intensidades equivalentes a uma tempestade tropical", com rajadas acima dos 130 Km/hora, mas que podem atingir máximos históricos de 180/190 km/hora, segundo disse à Lusa o meteorologista do IPMA, Nuno Moreira.

Ventos fortes, agitação marítima e chuva são os principais receios da Protecção Civil para a passagem do furacão Leslie por Portugal, recomendando-se que a população se afaste das zonas costeiras e proteja pessoas e bens.

O comandante Belo Costa, da Autoridade de Protecção Civil, disse aos jornalistas que no período crítico, entre as 23:00 de sábado e as 04:00 de domingo, a recomendação é mesmo não sair de casa e evitar completamente o trânsito em zonas costeiras.

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