Manuel Pinho assume que usou “habilidade” para não revelar património
Nos documentos apreendidos pelo Ministério Público, o antigo ministro revelou ter pedido a Salgado para deixar de lhe fazer transferências.
"Assumo que usei de uma ‘habilidade’ para não revelar totalmente o meu património quando entrei para o Governo", lê-se em transcrições de textos apreendidos pelo Ministério Público, que terão sido escritos por Manuel Pinho, revela uma notícia que é avançada esta quarta-feira pelo Observador.
O ex-ministro da Economia escreve nesses documentos que "quem tem de dar explicações é quem mandou fazer as transferências" para a conta da sociedade offshore Tartaruga Foundation, da qual o próprio Pinho e a mulher eram beneficiários no Banque Privée Espírito Santo.
O Observador dá ainda conta que Pinho escreveu que em 2010 fundou uma sociedadeoffshore(a Blackwade) para comprar um apartamento no centro de Nova Iorque, nos Estados Unidos, por cerca de um milhão de euros, de forma a evitar pagar "direitos de sucessão".
As transcrições dos documentos apreendidos que fazem parte de um despacho dos procuradores Carlos Casimiro e Hugo Neto datado de 17 de março.
Nos documentos apreendidos pelo MP, Pinho refere que pediu a Ricardo Salgado e ao BES para que parassem de lhe fazer transferências. E disse ainda uqe só depois do Banque Privée Espírito Santos ter falido é que descobriu que continuou a receber 14.963,94 euros da ES Enterprises.
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