Maçonaria quer investigação à “rede maçónica” denunciada por Lobo Xavier
Advogado e conselheiro de Estado disse ter clientes vítimas de "extorsão" e "perseguição" de uma alegada "rede maçónica", de que fariam parte "políticos e magistrados". Maçonaria pede à PGR que "investigue, até à exaustão, o que houver para investigar".
A Maçonaria dirigiu-se esta segunda-feira à Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, para pedir uma investigação do Ministério Público sobre a existência de uma alegada "rede maçónica", da qual fariam parte "políticos e magistrados", denunciada por António Lobo Xavier, advogado.
Em carta dirigida a Lucília Gago, a que aSÁBADOteve acesso, o grão-mestre do Grande Oriente Lusitano, Fernando Lima, pede que o Ministério Público "investigue, até à exaustão, o que houver para investigar, promovendo a punição, se for caso disso, de eventuais prevaricadores".
"Tal investigação exaustiva e rigorosa, que, por esta via, solicitamos, é também o que se impõe em ordem à defesa do bom-nome e da dignidade de todos aqueles que, sendo maçons, permanecem fiéis aos seus compromissos, lutando, no quotidiano, pela defesa da Lei, da Democracia e do Estado de Direito", refere o documento enviado à Procuradoria-Geral da República por parte da Maçonaria Portuguesa.
Em causa estão afirmações do Conselheiro de Estado de Marcelo Rebelo de Sousa durante a última emissão do programa "Circulatura do Quadrado", na TVI, em que disse ter clientes vítimas de "extorsão" e "perseguição" por parte de uma alegada rede maçónica que, a existir, contará com políticos e magistrados.
"Eu nunca a vi nem sei que forma ela toma, mas eu tenho clientes que me dizem que são vítimas de extorsão por serem ameaçados, fazendo isto entregando dinheiro e quantias e assumindo comportamentos, senão são perseguidos por uma rede maçónica que vai desde a política até às magistraturas", denunciou António Lobo Xavier.
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