Secções
Entrar

Jovem que matou adolescente condenado a seis anos de prisão efectiva

16 de novembro de 2017 às 12:19

O jovem acusado pela morte de um adolescente de 14 anos em 2016, em Gondomar, foi condenado pelo Tribunal São João Novo, no Porto.

O jovem acusado pela morte de um adolescente de 14 anos em Agosto de 2016, em Gondomar, foi hoje condenado a seis anos de prisão efectiva pelo Tribunal São João Novo, no Porto.

O homicida, que vinha acusado de um crime de homicídio qualificado foi condenado por um crime de homicídio simples, sendo a pena de prisão "especialmente atenuada" pela sua idade dado ter, actualmente, 17 anos, fazendo 18 anos apenas no próximo dia 01 de Dezembro.

Além disso, o colectivo de juízes condenou-o ao pagamento de uma indemnização de 30 mil euros à mãe da vítima por danos não patrimoniais.

A 27 de Agosto de 2016, os dois jovens envolveram-se numa discussão, motivada por uma desavença que mantinham na rede social Facebook, por causa de uma namorada.

Na sequência dessa discussão, o acusado agrediu com um mosquetão a vítima que, dois dias depois, acabou por morrer no Hospital São João, no Porto.

No início do julgamento, a 25 de Outubro, o arguido assumiu que "nunca teve intenção de o matar".

Durante o seu depoimento, o arguido confessou ter trocado "várias" mensagens com a suposta namorada da vítima e ter deixado um comentário numa fotografia da mesma, que lhe teria dito que já não namorava.

"Depois de ter feito esse comentário, ele [vítima] ficou desagradado com isso e começamos a trocar mensagens desagradáveis no Facebook, porque ele estava com ciúmes", referiu.

Contrariando a acusação, o arguido ressalvou que "nunca" vigiou a vítima e que, apesar de morarem a 700/800 metros um do outro, não tinham qualquer relação de amizade ou confiança.

Na noite do incidente, o arguido contou que, no final do jantar, foi comprar cigarros, após o que se cruzou com o jovem de mão dada com a namorada.

"Ele deu-me logo um soco no olho, no nariz e um pontapé na anca e eu agarrei no mosquetão e dei-lhe um soco, foi só um, ele caiu para trás e eu fugi", explicou.

Inicialmente, o jovem ficou em prisão preventiva (medida de coação mais gravosa), estando agora com obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrónica, algo que mantém até a decisão transitar em julgado.

Já a namorada da vítima adiantou que na noite dos factos, eles iam de mão dada pela rua abaixo para apanhar o metro, quando foram surpreendidos pelo arguido.

"Foi ele [arguido] que começou a agredi-lo e ele só se defendeu, eu ainda tentei impedir ao pôr-me ao meio, mas não consegui", ressalvou.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela