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Igreja portuguesa pede aos católicos atenção aos pobres e migrantes neste Natal

Lusa 16 de dezembro de 2025 às 10:36

José Ornelas espera que a data "desperte no coração de cada um" o "desejo de construir uma sociedade mais justa".

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa pediu esta terça-feira aos católicos que aproveitem o Natal para se aproximarem das "vítimas da pobreza que se tornam invisíveis", jovens sem emprego, idosos abandonados ou "migrantes que encontram desconfiança, indiferença e portas fechadas".
Igreja apela à atenção aos mais pobres e migrantes, neste Natal Pedro Brutt Pacheco/Medialivre
Na sua mensagem de Natal, José Ornelas espera que a data "desperte no coração de cada um" o "desejo de construir uma sociedade mais justa onde o respeito pela dignidade humana prevaleça". Em particular, o também bispo de Leiria-Fátima pede aos fiéis que tenham uma "proximidade amiga e ativa" pelas "famílias consumidas pelo elevado custo de vida", pelos "jovens que não encontram futuro por falta de emprego digno e habitação" ou pelos "idosos que vivem no silêncio do abandono", além dos "migrantes que encontram desconfiança, indiferença e portas fechadas". No texto, José Ornelas lembra os "presos que vivem esquecidos", os "doentes que sofrem, no corpo e na alma, a fragilidade da vida", os "profissionais de saúde exaustos que procuram responder aos constrangimentos no acesso aos serviços" ou os "inocentes que sofrem os danos das guerras, da injustiça e do esquecimento". "Aproxima-se o Natal, que celebramos no meio de trevas assustadoras, ecos de guerra e receios de segurança, destruição, miséria e morte", mas a data convida também "à ternura", ao "respeito e cuidado atento", com "horizontes de futuro e de esperança", escreve o bispo, considerando que, nesta época, vive-se "um tempo repleto de desafios e tribulações, em Portugal e no mundo". Os cristãos devem "escutar o choro de tantas crianças e os dramas espalhados pelo mundo, com os olhos de compaixão e fé ativa", refere o responsável máximo da Igreja Católica em Portugal. "Foi neste mundo que Deus escolheu nascer: não num presépio de ouro, mas na fragilidade e na periferia onde a humanidade vive dilacerada" e, por isso, "a paz de que precisamos e que devemos levar ao mundo, é uma paz que tem de partir da proximidade, de pontes e gestos concretos", avisou o presidente da CEP. Nesse sentido, o verdadeiro presépio a que os católicos devem dar atenção é "aquele onde cabem todos quantos perderam a esperança". "A paz de que precisamos e que devemos levar ao mundo (...) começa nas nossas casas, nas nossas famílias, nas nossas relações, nas nossas comunidades e nas nossas ruas", considerou. Que "este Natal desperte no coração de cada um de nós o desejo de construir uma sociedade mais justa onde o respeito pela dignidade humana prevaleça", acrescentou ainda José Ornelas.
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