Identificado recluso que filmou e divulgou imagens da cadeia do Linhó
Reclusos que aparecem no vídeo alvo de processo disciplinar, revelou a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais.
O recluso que filmou e divulgou imagens captadas hoje no interior do Estabelecimento Prisional do Linhó, em Sintra, foi identificado e será alvo de processo disciplinar, segundo fonte da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).
"Quer o recluso que filmou e divulgou as imagens, captadas durante o recreio da manhã no Estabelecimento Prisional do Linhó, quer os outros reclusos que aparecem nas imagens estão devidamente identificados", refere a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, numa nota enviada àLusa.
A Direção-Geral acrescenta ainda que "estes reclusos, em conformidade com as disposições legais, serão objeto de procedimento e subsequentes sanções disciplinares, as quais poderão ir, consoante o grau de participação da cada um no ilícito disciplinar, até ao internamento em regime de segurança".
De acordo com o jornal, que teve acesso ao vídeo, com cerca de quatro minutos, nas imagens "é ainda possível ver um recluso a cortar o cabelo a outro, o que demonstra que estes têm acesso a objetos cortantes como é o caso de uma tesoura". Além disso, "é ainda possível ver os reclusos a dançaram, divertidos, ao som de música com o volume alto".
Ainda segundo oCM, nas imagens "não é possível verificar a presença dos guardas prisionais".
Em fevereiro, um outro estabelecimento prisional em Portugal, dessa vez o de Paços de Ferreira, tinha sido notícia quando um grupo de reclusos ali organizou uma festa e a transmitiu em direto para o exterior, através de um telemóvel.
Depois desse episódio, a Guarda Prisional realizou na cadeia de Paços de Ferreira uma megaoperação envolvendo mais de 100 operacionais, durante a qual foram apreendidos telemóveis, drogas e outros artigos.
No dia 15 de fevereiro, a então diretora do Estabelecimento Prisional (EP) de Paços de Ferreira, Maria Fernanda Barbosa, pediu a demissão, que foi aceite pela tutela.
Maria Fernanda Barbosa tinha antes sido chamada ao parlamento, onde se recusou a dar explicações sobre esse episódio, alegando que o assunto estaria sob investigação.
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