Greve de trabalhadores da Soflusa não garante serviços mínimos
Tribunal decretou não fixar serviços mínimos para transporte de passageiros na greve dos trabalhadores da área comercial da Soflusa, marcada 31 de Outubro e 5 de Novembro.
O tribunal arbitral decretou esta sexta-feira não fixar serviços mínimos para o transporte de passageiros na greve dos trabalhadores da área comercial da Soflusa, marcada para os dias 31 de Outubro e 5 de Novembro.
O Conselho Económico e Social (CES) publicou esta sexta-feira na sua página na Internet a decisão do tribunal arbitral de não fixar os serviços mínimos para o transporte de passageiros da Soflusa, empresa responsável pelas ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa, por considerar "não ter sido demonstrada a existência de necessidades sociais impreteríveis".
O tribunal decretou apenas a prestação dos serviços "de natureza urgente", como o transporte de doentes, médicos ou outras entidades de protecção civil em acção de socorro, e o funcionamento de "serviços tidos como necessários", para garantir a segurança e amarração dos navios atracados.
"A conclusão a que se chega é que não se afigura adequado, ao abrigo dos critérios constitucionais e legais, a definição de serviços mínimos proposta pela entidade patronal, por se tratar de uma greve de curta duração, de dois dias interpolados", justificou.
Segundo o Código do Trabalho, uma greve que implique o risco de paralisação do serviço de transportes deve ser acompanhada de serviços mínimos. Porém, esta medida leva a "uma limitação do direito fundamental à greve".
Neste sentido, o tribunal arbitral considerou que os serviços mínimos não seriam necessários, uma vez que existem "outros meios alternativos de transporte" para o acesso a cuidados de saúde, escolas e serviços de segurança.
De acordo com osite da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), os trabalhadores da área comercial da Soflusa vão estar em greve parcial nos dias 31 de Outubro e 5 de Novembro.
A FECTRANS justifica que a paralisação visa reivindicar a valorização da carreira de agente comercial, a formação nas novas aplicações a nível da bilheteira e a contratação de novos trabalhadores.
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