Secções
Entrar

Gomes Cravinho, o diplomata que se orgulha dos militares no estrangeiro

15 de outubro de 2019 às 21:14

Esta é a segunda vez que exerce funções governamentais. Entre março de 2005 e junho de 2011, foi secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação nos XVII e XVIII Governos Constitucionais, executivos do PS, liderados por José Sócrates.

João Gomes Cravinho, académico e diplomata,vai continuar como ministro da Defesa Nacional, cargo que ocupa há um ano para substituirAzeredo Lopes, e orgulha-se dos militares portugueses no estrangeiro.

João Titterington Gomes Cravinho nasceu em Lisboa em 16 de junho de 1964 e licenciou-se em Relações Internacionais pela London School of Economics do Reino Unido em 1986, onde obteve o título de mestre pela mesma instituição londrina de ensino um ano depois.

O seu doutoramento foi feito na Universidade de Oxford em 1996, com uma tese sobre Moçambique e as ideologias e políticas estatais da FRELIMO, sendo o continente africano um dos temas recorrentes das suas intervenções.

Foi, igualmente, professor de relações internacionais na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, e professor convidado no ISCTE e na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa.

Antes de regressar a Lisboa, para ingressar no Governo de António Costa, em outubro de 2018, Gomes Cravinho era embaixador da União Europeia (UE) no Brasil, desde agosto de 2015, tendo desempenhado o mesmo cargo na Índia entre 2011 e 2015.

Esta é a segunda vez que João Gomes Cravinho exerce funções governamentais.

Entre março de 2005 e junho de 2011, foi secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação nos XVII e XVIII Governos Constitucionais, executivos do PS, liderados por José Sócrates.

Foi também observador nas eleições de Angola em 1992 e África do Sul em 1994.

Em 1999, foi relator para o sector judicial, Missão do Banco Mundial em Timor-Leste (Joint Assessment Mission for East Timor) e, no mesmo ano, foi coordenador e membro de uma missão de observadores internacionais à consulta popular em Timor-Leste.

Em 2011, quando foi nomeado para embaixador da UE no Brasil, o ex-secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Seixas da Costa, afirmou, no seu blogue "duas ou três coisas", que "há em Portugal poucas pessoas com uma formação académica e uma experiência prática, em matéria de relações internacionais e de políticas de desenvolvimento, que se possam equiparar às de João Gomes Cravinho".

Numa entrevista à TSF, em setembro, João Gomes Cravinho descreveu o que mais valeu a pena ao ser ministro durante o último ano: "O orgulho sistemático que tenho quando visito as nossas forças nacionais destacadas."

E deu sinais de estar disponível para continuar no Governo: "A 06 de outubro temos um momento em que o povo é soberano e dirá de sua justiça. E depois temos outro momento em que o primeiro-ministro é soberano. Do meu lado, tenho total disponibilidade para dar o apoio que puder à solução governativa que eu espero que saia das eleições."

Gomes Cravinho é autor do livro "Visões do Mundo" (2002) e publicou numerosos artigos em revistas especializadas e em jornais sobre temas relacionados com política de defesa, cooperação e relações internacionais.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela