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Enfermeiro terminou corrida entre o Porto e Lisboa por reivindicações da classe

11 de julho de 2019 às 18:42

A corrida de Gil Duarte Barbosa, durante a qual recolheu assinaturas em defesa das reivindicações desta classe profissional, começou a 2 de julho no Hospital de São João, no Porto, e terminou esta quinta-feira no Hospital de Santa Maria em Lisboa.

OenfermeiroGil Duarte Barbosa terminou hoje a sua corrida solitária entre o Porto e Lisboa, durante a qual recolheu assinaturas em defesa das reivindicações desta classe profissional.

A corrida do enfermeiro e atleta começou a 2 de julho no Hospital de São João, no Porto, e terminou esta quinta-feira no Hospital de Santa Maria em Lisboa, sem estar ainda contabilizado o número de assinaturas recolhidas.

Mas o "Movimento Enfermeiros sem Medo", que apoiaGil Duarte Barbosavai continuar a recolher assinaturas até 31 de agosto para que seja possível "chegar a todos os enfermeiros".

O enfermeiro, que com esta iniciativa pretendeu "mobilizar os colegas", afirmou à Lusa que trabalhar no Serviço Nacional de Saúde (SNS) "é esgotante" e que existem serviços que só estão em funcionamento porque há enfermeiros a fazerem "40 e 50 horas semanais para manter o SNS".

Estes profissionais exigem o descongelamento da carreira, uma alteração do método de avaliação que permita que todos consigam chegar ao topo da carreira, a abertura de concursos para enfermeiros especialistas de acordo com as necessidades das instituições e serviços e que a idade da reforma passe a ser aos 36 anos de serviço ou aos 60 anos de idade.

O enfermeiro médico-cirúrgico afirmou que a sua "iniciativa livre, pessoal e em defesa da dignidade da profissão" foi motivada por ainda se manter no primeiro nível da carreira, apesar de trabalhar há 23 anos e ser especialista há 12.

Sobre a dedicação exclusiva dos profissionais de saúde ao serviço público, opção em estudo que foi hoje apresentada pela ministra da Saúde, Marta Temido, o enfermeiro disse que esta "é uma boa proposta, desde que a exclusividade seja reconhecida em termos de vencimento".

Depois de passar pelo Hospital Santa Maria, o enfermeiro dirigiu-se para a Assembleia da República onde vai deixar cartas endereçadas ao primeiro-ministro, António Costa, ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e a cada líder parlamentar, depois de já ter deixado em Belém uma carta dirigida ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Nesta carta, os profissionais exigem a revisão da carreira de enfermagem, "a fim de dar resposta às reivindicações dos enfermeiros", lê-se na mesma.

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