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De viagem para os EUA? Autorização fica mais cara a partir de amanhã

Jornal de Negócios 30 de setembro de 2025 às 16:49

O preço do visto eletrónico quase duplica e há vistos com taxas elevadas. Empresas tecnológicas entre as principais afetadas.

Entrar nos Estados Unidos da América (EUA) vai ficar mais caro a partir de 1 de outubro. O aviso surge no portal do ESTA, a autorização que tem de ser pedida para entrar nos EUA, indicando que o valor a pagar pelo documento vai quase duplicar.
eua estados unidos bandeira
Até 30 de setembro, todos os pedidos efetuados e pagos ainda beneficiam do preço de 21 dólares. Para aqueles que foram introduzidos no sistema mas não foram pagos, as notícias não são boas. O novo preço a pagar por um pedido de visto para os EUA passa a ser de 40 dólares, o que equivale, à taxa de câmbio atual, a 34 euros, em vez dos atuais 17,90 euros. O ESTA, o visto eletrónico americano, pode ser pedido por cidadãos de 43 países que visitem os EUA por um período inferior ou igual a 90 dias, com a viagem a ser de negócios ou lazer. Portugal é um dos países que está incluído nesta lista. O documento mantém a validade de dois anos e a sua aprovação pode chegar no dia da entrega de toda a informação pedida. Ainda que o ESTA tenha um aumento de preço significativo face ao atual, o mesmo não se aplica aos vistos H-1B, referentes aos vistos para os trabalhadores qualificados. A Administração Trump vai cobrar uma taxa de 100 mil dólares para emitir os vistos H-1B, que se destinam a estrangeiros com qualificações que sejam contratados temporariamente por empresas norte-americanas. Este é mais um ataque da presidência de Donald Trump à presença de imigrantes no país, mesmo que isso signifique impulsionar a economia.  "Se quiser qualificar alguém, treine americanos", justificou o Secretário do Comércio, Howard Lutnik. Atualmente, a taxa a pagar por este visto está em 215 dólares, mas a promessa deste aumento também depende das circunstância, sendo que a duração vai dos três aos seis anos. Atualmente, os cidadãos provenientes da Índia são as contratações mais apetecíveis de Silicon Valley, com 71% dos cidadãos indianos a terem "luz verde" a este visto. Este visto tornou-se essencial para as empresas de tecnologia, que dependem cada vez mais de trabalhadores estrangeiros para preencher vagas técnicas. As Big Tech são apenas exemplos de empresas que utilizam este visto, com a Amazon a somar mais de 14 mil pedidos aprovados so este ano, enquanto a Microsoft e a Meta contabilizam, cada, cinco mil aprovações. A Apple soma mais de 4.200 pedidos aprovados desde janeiro, enquanto a Google tem 4.180.
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