Crianças portuguesas passam horas a mais nas creches
Em Portugal, as escolas e professores são velhos mas ainda se fazem “milagres”, revela relatório.
Entre 2009 e 2019, a despesa do Estado emEducaçãoficou 700 milhões de euros abaixo do valor inicial. É o que revela o relatório Estado da Educação 2018, doConselho Nacional de Educação(CNE), hoje divulgado.
As crianças portuguesas passam mais dez horas semanais em creches do que a média europeia. O número médio de horas semanais que os bebés e crianças portuguesas passam nas creches, mas também em estabelecimentos de educação pré-escolar, "é dos mais elevados de entre os países da União Europeia", refere o relatório, que analisa também a situação do país tendo em conta as metas europeias.
As crianças passam quase 40 horas por semana com as amas, nos infantários ou creches em Portugal, um dos períodos mais elevados da Europa, cuja média é cerca de dez horas semanais menor. Os números constam do "Estado da Educação 2018", hoje publicado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), que faz um retrato do país no ano passado, mas também uma análise da evolução na última década.
Numa escola degradada do Seixal, frequentada por alunos de 24 nacionalidades, todos os dias se fazem "milagres" e "ninguém é deixado para trás", num dos oito casos apresentados como "inspiradores" do relatório do Conselho Nacional de Educação, hoje divugado. A escola é antiga e nasceu paredes-meias com o Bairro da Jamaica, um dos mais problemáticos da área metropolitana de Lisboa.
Os professores em Portugal são profissionais muito qualificados e estão envelhecidos, mas só 0,02% estão no topo de carreira, revela o "Estado da Educação 2018", que alerta para o longo tempo para se progredir.
A percentagem de alunos do básico e secundário que beneficia de ação social escolar (ASE) diminuiu na última década, mas o Conselho Nacional de Educação (CNE) alerta que a escola pública ainda não venceu o determinismo social no insucesso.
Os chumbos e a existência de "uma escola nitidamente muito feminina", onde os rapazes têm menos sucesso, são dois dos fenómenos descritos no relatório "Estado da Educação 2018", hoje divulgado e que apresenta um país a progredir.
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