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Costa apela a que se fique em casa e defende que medidas são mal menor

14 de novembro de 2020 às 08:21

Primeiro-ministro reconhece que este e o próximo fim de semana vão ser "muito duros para muitas atividades económicas, para a restauração, para o comércio, que vão ter prejuízos grandes".

O primeiro-ministro apelou este sábado a que se fique em casa neste e no próximo fim de semana, considerando essencial travar o "grave" crescimento da Covid-19, e defendeu que as medidas restritivas agora tomadas são um "mal menor".

"Este fim de semana vai ser muito diferente, vamos ter de ficar em casa à tarde e à noite. Vai ser muito duro para todos, que gostariam de fazer livremente aquilo que lhes apetecesse", declara António Costa numa mensagem vídeo, na qual procura explicar a razão de o Governo ter tomado medidas de recolher obrigatório nos concelhos mais atingidos pela Covid-19.

António Costa reconhece que este e o próximo fim de semana vão ser "muito duros para muitas atividades económicas, para a restauração, para o comércio, que vão ter prejuízos grandes".

"Mas há três razões fundamentais para termos de fazer este esforço suplementar. A primeira é que a situação da pandemia é mesmo muito grave. Se nos recordarmos de qual era a situação na primeira vaga da pandemia, o máximo de casos foi de 1.516, mas ainda ontem [sexta-feira] tivemos 6.653 novos casos, quatro vezes mais do que na primeira fase, o que significa que temos mesmo de travar a continuação do crescimento desta pandemia", frisou o primeiro-ministro.

A segunda razão que justifica as medidas agora adotadas, segundo António Costa, é que o Governo quer evitar um confinamento como o da primeira vaga da pandemia, em março e abril passados, quando "foi necessário fechar a generalidade das atividades económicas e fechar as escolas", com a generalidade das pessoas "fechadas em casa".

"Conseguimos travar a pandemia, mas todos também nos lembramos do enorme custo que isso teve dos pontos de vista da saúde mental, afetivo, social e económico. Foram milhares de empregos destruídos e uma imensa perda de rendimentos por parte das famílias e muitas atividades ficaram mesmo fechadas para sempre. Ora temos de evitar isto", advertiu.

Por isso, de acordo com o primeiro-ministro, o Governo optou agora "pelo mal menor".

"E o mal menor é concentrar este esforço nestes fins de semana para tentar preservar a continuidade da vida normal durante a semana, sem voltar a interromper o ano letivo e sem voltar a interromper a generalidade das atividades económicas", justificou.

António Costa invocou ainda "uma terceira razão fundamental" para o Governo ter tomado as medidas restritivas à circulação e à generalidade da atividade comercial.

"É que temos de dar todo o nosso apoio aos profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, assistentes operacionais, técnicos de diagnóstico, aqueles que estão neste momento nos hospitais ou os centros de saúde a fazer um esforço imenso para tratar os doentes, para acompanhar aqueles quer estão em casa confinados em vigilância, para fazer os inquéritos epidemiológicos para travar as cadeias de transmissão. É um trabalho imenso que estão a fazer e nós podemos ajudá-los, evitando que haja mais pessoas doentes que eles tenham de tratar", acrescentou.

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