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Coronavírus: Torres Vedras encerra equipamentos e cancela atividades

12 de março de 2020 às 11:17

O município decidiu adotar "medidas temporárias com vista a reduzir os riscos de exposição e contágio", encerrando serviços até 14 de abril.

A Câmara de Torres Vedras, no distrito deLisboa, encerra diversos espaços municipais e suspende atividades, deslocações ao estrangeiro e licenças para eventos entre hoje e 14 de abril para reduzir o risco de contágio do novocoronavírus.

O município decidiu adotar "medidas temporárias com vista a reduzir os riscos de exposição e contágio", refere um comunicado hoje divulgado.

Entre as medidas está o encerramento de equipamentos municipais: arquivo, biblioteca, Centro de Educação Ambiental, centros de interpretação, castelo, galerias municipais, Fábrica das História Jaime Umbelino, loja, Museu Municipal Leonel Trindade, postos de turismo de Torres Vedras e Santa Cruz e Teatro-cine.

A autarquia decidiu também suspender todos os eventos culturais, sociais e desportivos que ia promover, as feiras, as deslocações de autarcas e funcionários ao estrangeiro, o licenciamento de eventos em todo o concelho, a cedência de espaços e autocarros municipais e o atendimento presencial em sala por técnicos no Edifício Multisserviços, privilegiando a comunicação por telefone, correio eletrónico ou teleconferência.

As medidas "estão sujeitas a uma avaliação permanente" e vão vigorar pelo menos de hoje a 14 de abril.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a doença Covid-19 como pandemia, face aos "níveis alarmantes de propagação e de inação".

A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados.

A China registou 3.169 mortos e 80.793 infetados, excluindo Macau e Hong Kong.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.

Em Portugal, o último balanço da Direção Geral da Saúde (DGS) aponta para 59 casos confirmados, a maior parte dos quais na região Norte (36), seguida da Grande Lisboa (17) e das regiões Centro e do Algarve (três cada).

Há 83 casos a aguardar resultado laboratorial e 3.066 contactos em vigilância.

O Conselho Nacional de Saúde Pública recomendou quarta-feira que só devem ser encerradas escolas públicas ou privadas por determinação das autoridades de saúde.

As medidas já adotadas em Portugal para conter a pandemia incluem, entre outras, a suspensão das ligações aéreas com a Itália, a suspensão ou condicionamento de visitas a hospitais, lares e prisões, a suspensão de atividades letivas em escolas e universidades e a realização de jogos de futebol sem público.

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