BE vai manter votação e acusa PS de ter duas posições sobre professores
"A posição do Bloco foi sempre coerente", defende Pedro Filipe Soares, acusando Governo de ter duas posições acerca do assunto.
OBE garantiu hoje que vai manter a votação sobre os diplomas dosprofessores, que diz serem constitucionais, e acusou oPSde ter duas posições, uma nas regiões autónomas e outra em Portugal Continental.
A líder do BE, Catarina Martins, já tinha desvalorizado, logo de manhã e através das redes sociais, o ambiente de crise política,classificando-o de artificial,uma ideia reiterada, no parlamento, pelo líder da bancada bloquista, Pedro Filipe Soares.
O parlamento aprovou na quinta-feira uma alteração ao decreto do Governo, com os votos contra do PS e o apoio de todas as outras forças políticas, estipulando que o tempo de serviço a recuperar pelos professores são os nove anos, quatro meses e dois dias reivindicados pelos sindicatos docentes.
"Da nossa parte, aquilo que votámos ontem [quinta-feira], votámos em consciência e em coerência com o caminho que tivemos no passado. Não faz sentido mudar de votação para a votação final do global", assegurou.
Garantindo que "a posição do Bloco foi sempre coerente", Pedro Filipe Soares destacou que, "curiosamente, quem tem duas posições nesta matéria é o PS", uma vez que "tem uma posição nos Açores ou na Madeira e tem outra posição em Portugal continental".
"Quando o açoriano Carlos César acusa de irresponsável ou inconstitucional a solução que foi alcançada na Assembleia da República, curiosamente o PS dos Açores aplicou uma solução que não foi apelidada como tal pelo próprio PS", lembrou.
Segundo o deputado do BE, "esta decisão é constitucional" e "não fere a lei travão".
Questionado sobre qual será a posição do Presidente da República, Pedro Filipe Soares escusou-se a antecipar e a comentar, referindo apenas que "o veto que possa existir é um veto político.
Insistindo que "não há nenhum motivo para a criação de um ambiente de crise política e que ele é manifestamente artificial", o líder parlamentar bloquista sublinhou que "a solução encontrada não cria nenhum tipo de responsabilidade para o atual governo, apenas para os mandatos posteriores".
"O novo governo, o novo parlamento decidirá a forma de implementar esta lei e aquilo que foi decidido no continente tem respaldo até já naquilo que já está a ser aplicado nos Açores ou na Madeira e, nessas duas vertentes, o PS não colocou nenhuma questão, não deu nenhum epíteto como aqueles que está a utilizar hoje", reiterou.
Edições do Dia
Boas leituras!