Secções
Entrar

BE leva crise dos CTT ao debate quinzenal com António Costa

20 de dezembro de 2017 às 10:05

Realiza-se hoje o último debate quinzenal deste ano com o primeiro-ministro, António Costa. BE, que abre o debate, vai interpelar o Governo sobre a "situação preocupante dos CTT", que prevê reduzir 800 trabalhadores em três anos

O último debate quinzenal deste ano com o primeiro-ministro, António Costa, realiza-se hoje, estando a abertura a cargo do BE, que vai levar ao parlamento a "situação preocupante dos CTT", que prevê reduzir 800 trabalhadores em três anos.

1 de 4
Foto: António Pedro Santos/Lusa
Foto: EPA/STEPHANIE LECOCQ

Em antecipação à agência Lusa, fonte oficial do BE justificou que "à degradação do serviço prestado junta-se agora o anúncio de encerramento de lojas e balcões, venda de património e despedimento de mil trabalhadores até 2020 sem que se conheça o instrumento legal que a empresa pretende utilizar para o efeito".

"Esta é uma situação preocupante e confirma a urgência do resgate dos CTT para a esfera pública", acrescentou a mesma fonte.

No debate quinzenal de hoje - o último deste ano, antes da interrupção para o período de Natal dos trabalhos do parlamento - cabe ao BE fazer a abertura, seguindo-se o PSD, o PS, o CDS-PP, o PCP, o PEV e o PAN e tendo o primeiro-ministro tempo de resposta para cada um dos partidos.

Os CTT prevêem reduzir cerca de 800 pessoas nas operações da empresa ao longo de três anos, devido à queda do tráfego do correio, de acordo com o Plano de Transformação Operacional hoje divulgado, que estabelece ainda a redução de 25% da remuneração fixa do presidente do Conselho de Administração, António Gomes Mota, e do presidente executivo, Francisco de Lacerda.

Raríssimas no Parlamento
A polémica em torno da Raríssimas deverá ser um dos temas levados ao debate quinzenal pelos partidos da oposição, uma vez que depois da audição parlamentar de segunda-feira do ministro da Segurança Social, Vieira da Silva, o CDS-PP considera que não foram cabalmente esclarecidas algumas questões.

A pedido do PS, o ministro da tutela foi ouvido no parlamento a propósito da polémica em torno da Raríssimas - Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras, que já levou à demissão do então secretário de Estado da Saúde Manuel Delgado e da presidente da instituição Paula Brito e Costa.

Em Bruxelas, a semana passada, António Costa escusou-se a comentar suspeitas sobre um eventual favorecimento político na atribuição de subsídios à Raríssimas, alegando então não ter "nenhum indício" nesse sentido, tendo manifestado "total confiança política" em Vieira da Silva.

Portugal fora do 'lixo'
Será ainda expectável que a notícia conhecida na sexta-feira de que a agência de notação financeira Fitch retirou Portugal do 'lixo' e melhorou em dois patamares o 'rating' atribuído à dívida pública portuguesa seja levada ao debate pelos socialistas.

BE e PCP desvalorizam esta decisão, tendo os bloquistas considerado que Portugal "não precisa de pancadinhas nas costas" das instituições europeias e das agências de 'rating' e os comunistas defendido que as agências de notação financeira "não são rigorosas", e, se o país está a crescer, é graças ao povo.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela