Assunção Cristas assume: "Quero ser a primeira escolha"
Líder centrista considera que o 27 congresso do partido foi uma reunião de "grande união".
A presidente do CDS, Assunção Cristas, votou este domingo na eleição dos órgãos centristas pelas 11h25, reiterando a ideia de que o partido pode ser "a primeira escolha" para uma "alternativa de centro-direita".
"Hoje acabou o voto útil, o voto está mais livre e as pessoas que, se calhar já gostavam de nós, mas achavam 'eles nunca lá chegam', agora podem achar que chegam. Eu direi, certamente, que quero ser a primeira escolha", disse Assunção Cristas aos jornalistas à chegada ao Pavilhão Multiusos de Lamego (Viseu), onde termina o 2.º Congresso do CDS-PP.
Sob chuva, a líder centrista entrou no pavilhão a exibir uma faixa com um novo slogan, "CDS, a primeira escolha", que substitui "o futuro está aqui", o mote para o arranque da reunião magna centrista. "Foi um Congresso de grande união em que ouvimos muitas pessoas trazerem as suas visões e isso é a riqueza e enriquecimento para a minha moção e para o partido, que está muito unido em torno do objetivo de fazermos tudo o que está ao nosso alcance para derrotar as esquerdas unidas e ter uma alternativa de centro-direita em Portugal", argumentou.
A líder centrista frisou ainda que as pessoas saberão que tudo o que o CDS-PP fizer não será "para viabilizar um Governo socialista".
Assunção Cristas insistiu também que se apresenta ao eleitorado com "sentido de humildade, realismo", os "pés bem assentes na terra", mas com "muita ambição". "A fasquia tem de ser alta porque nós temos de sonhar, temos de ter ambição, é o que o País merece", declarou.
Já no sábado, Assunção tinha assumido que quer que o partido seja a primeira escolha dos eleitores portugueses à direita e também à esquerda. "Queremos ser o primeiro partido no espaço do centro e da direita, sem hesitações, sem complexos", disse na apresentação da sua moção de estratégia.
Este domingo, antes do início dos trabalhos, uma delegação composta pelo eurodeputado Nuno Melo, pelo presidente do grupo parlamentar, Nuno Magalhães, e pelo líder da distrital do Porto, Álvaro Castelo Branco, foram receber o presidente do PSD, Rui Rio, que assistirá ao discurso de Assunção Cristas na sessão de encerramento.
Rui Rio estava acompanhado pelo vice-presidente Salvador Malheiro, pelo líder parlamentar, Fernando Negrão, e pelo presidente da distrital de Viseu, Pedro Alves. Ao contrário do que tinha sido anunciado, o secretário-geral do PSD, Feliciano Barreiras Duarte, não integrou a delegação por ter "um compromisso pessoal", segundo a assessoria de imprensa do partido.
A secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, encabeça a delegação dos socialistas, enquanto o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, representa o Governo.
Em relação às restantes forças políticas de esquerda, como habitualmente, PCP e BE não estarão no encerramento da reunião magna dos centristas, enquanto o Partido Ecologista "Os Verdes" e o PAN estarão presentes.
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