André Ventura sobre Nuno Pardal Ribeiro: "Quem é pedófilo deve ser castrado"
Declarações do presidente do Chega surgiram após a revelação de um processo contra um deputado do partido, acusado de dois crimes de prostituição de menores agravados.
André Ventura, defendeu esta quinta-feira (6) que "quem é pedófilo deve ser castrado" e que esta ideologia se aplica a qualquer pessoa ou partido. O presidente do Chega falava sobre o caso do deputado do seu partido, Nuno Pardal Ribeiro,que foiacusado pelo Ministério Público (MP) de dois crimes de prostituição de menores agravados.
"Se fosse o meu pai e o meu irmão eu defenderia exatamente a mesma castração química. Não há castração química para uns e para outros não", sublinhou.
Há muito que o partido é defensor da castração química para pedófilos. A medida já havia sido até mencionada há dois anos pelo próprio Nuno Pardal Ribeiro, agora acusado. "Tendo consciência dos valores que estão em causa, lamentamos que se arranjem argumentos para se defender estes agressores", disse na altura o deputado durante um grupo de trabalho.
André Ventura admitiu também esta quinta-feira que este "não é um bom momento" para o partido, mas recusou que a sua liderança esteja fragilizada por dirigentes terem sido acusados de prostituição de menores, furto ou condução sob efeito de álcool.
"Estou aqui para assumir os melhores momentos e os piores momentos. Este não é um bom momento", afirmou, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.
A notícia, que incriminava Nuno Pardal Ribeiro, foi inicialmente avançada pelo Expresso. O semanário deu conta esta quinta-feira que o deputado de 51 anos praticou "sexo oral 'mútuo'". Em troca, o rapaz de 15 anos terá recebido 20 euros.
A informação surge cerca de duas semanas depois de Miguel Arruda, deputado eleito nas listas do partido, e que entretanto passou a não inscrito, ser constituído arguido por alegadamente furtar várias malas do aeroporto. Esta quinta-feira, foi também noticiado que um deputado regional do Chega nos Açores foi apanhado a conduzir com 2,25 g/l de álcool no sangue, o que é considerado crime.
Recorde-se que a castração química é uma medida considerada inconstitucional pelos especialistas.
Com Lusa
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