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Álvaro Barreto, o ministro recordista de sete governos e seis primeiros-ministros

10 de fevereiro de 2020 às 17:32

Nascido em 01 de janeiro de 1936, em Lisboa, Álvaro Roque de Pinho Bissaia Barreto teve a sua formação profissional como engenheiro civil, no Instituto Superior Técnico.

Álvaro Barreto, que morreu esta segunda-feira aos 84 anos, foi um dos recordistas de presença no Governo e trabalhou com seis primeiros-ministros, de Sá Carneiro a Mário Soares e a Cavaco Silva. Filiado no PSD, Álvaro Barreto foi ministro de sete governos constitucionais, com Francisco Sá Carneiro, Carlos Alberto Mota Pinto, Francisco Pinto Balsemão, Mário Soares, Cavaco Silva (duas vezes) e Pedro Santana Lopes.

Na nota em evocou "o seu legado", a direção do PSD, liderada por Rui Rio, recordou ter tutelado, ao longo da sua carreira, seis pastas diferentes, da Indústria, da Agricultura, da Integração Europeia, do Comércio e Turismo, das Atividades Económicas e do Trabalho. A última vez que esteve no Governo foi de 2004 a 2005, como ministro de Estado, da Economia e do Trabalho, e "número dois" de Pedro Santana Lopes, que liderou o executivo que se sucedeu à saída de Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia.

Nascido em 01 de janeiro de 1936, em Lisboa, Álvaro Roque de Pinho Bissaia Barreto teve a sua formação profissional como engenheiro civil, no Instituto Superior Técnico. Aos 23 anos teve o seu primeiro trabalho enquanto gestor, na Profabril, tendo posteriormente figurado nos Conselhos de Administração da Lisnave e da Setenave, durante nove anos até 1978.

Na política, estreou-se no Governo à frente de ministérios como o da Indústria e Tecnologia (1978/79), Indústria e Energia (1980), Integração Europeia (1981), Comércio e Turismo (1983) e Agricultura (1984/90). Depois de ter sido deputado à Assembleia da República pelo PSD, Álvaro Barreto dedicou 14 anos à gestão de empresas, passando pela TAP, pela Sonae e pela Portugália, entre outras, antes de regressar em 2004.

Também desempenhou cargos de direção em empresas como a mineira Somincor, a Tejo Energia, a Nutrinveste (grupo José de Mello), a Portugália e a Portucel. Na legislatura entre 1991 e 1995, durante o segundo Governo de maioria absoluta de Cavaco Silva, Álvaro Barreto foi deputado no parlamento. No plano político, enquanto deputado, sobretudo na segunda metade dessa legislatura (1993/1995), destacou-se como um dos principais críticos da situação interna do seu partido e do executivo, a ponto de ter dito, numa entrevista, ser "necessário remodelar e reestruturar o Governo".

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