Secções
Entrar

Albuquerque recusa eleições no PSD/Madeira para evitar uma "guerra fratricida"

Lusa 18 de dezembro de 2024 às 13:58

Mesmo que seja apresentado um pedido para a realização de um congresso extraordinário, que pode ser convocado a pedido de, pelo menos, 300 militantes, terá de ser o Conselho Regional a decidir e, de acordo com Miguel Albuquerque, "não vai haver tempo nenhum para essas coisas".

O presidente do Governo da Madeira e líder do PSD regional, Miguel Albuquerque, reafirmou esta quarta-feira, 18, que não haverá congresso extraordinário, nem eleições internas no partido, vincando que isso seria "entrar numa guerra fratricida" que iria favorecer a oposição.

Hélder Santos/Medialivre

"Neste momento, qualquer situação de fratura dentro do partido é para beneficiar a oposição. Os nossos adversários estão lá fora", avisou, sublinhando que o PSD tem de estar "unido e mobilizado" face à queda do executivo minoritário, na sequência da aprovação na terça-feira da moção de censura apresentada pelo Chega.

Miguel Albuquerque falava aos jornalistas após uma audiência do executivo regional com o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira para apresentação de cumprimentos de Natal, nas instalações do parlamento, no Funchal.

O chefe do executivo e líder do PSD/Madeira rejeitou, assim, o desafio lançando pelo antigo secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais Manuel António Correia, que defende a sua "demissão imediata" da liderança do partido e a convocação de eleições internas, às quais se pretende candidatar.

"Não vai haver congresso, porque, neste momento, a expectativa dos madeirenses e dos porto-santenses e a expectativa da generalidade dos agentes económicos e sociais da região é a realização de eleições [regionais antecipadas] o mais rápido possível para termos estabilidade política", realçou, sublinhando também que o regime de duodécimos, devido ao chumbo do Orçamento para 2025, não é benéfico para os interesses regionais.

Mesmo que seja apresentado um pedido para a realização de um congresso extraordinário, que pode ser convocado a pedido de, pelo menos, 300 militantes, terá de ser o Conselho Regional a decidir e, de acordo com Miguel Albuquerque, "não vai haver tempo nenhum para essas coisas".

"Acho que seria ultra prejudicial o PSD entrar agora numa guerra fratricida porque isso seria favorecer o adversário. Ou seja, essa ideia de que, neste momento, nós vamos ter umas eleições internas extemporâneas dentro do partido [...] serve os nossos adversários externos", afirmou.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela