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Adesão à greve dos enfermeiros no Norte varia entre 9,5% e os 62%

14 de agosto de 2018 às 12:13

O sector exige negociações com os sindicatos e reclamam o descongelamento de carreira com revisão das tabelas remuneratórias.

O conselho directivo da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte afirmou esta terça-feira que a percentagem de adesão à greve dos enfermeiros, que começou na segunda-feira, "oscila entre os 9,5% e os 62%".

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Foto: Pedro Noel da Luz / Correio da Manhã
Foto: Cofina Media

Em declarações àLusa, no primeiro de cinco dias de greve dos enfermeiros, o dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos de Enfermeiros (FENSE), José Correia Azevedo, disse que a adesão rondava os 90% e que só no Hospital de São João, no Porto, foram adiadas "400 cirurgias programadas".

Em comunicado, a ARS/N afirma que "a percentagem de adesão verificada é variável, oscilando entre os 9,5% e os 62% - com maior predominância para o intervalo entre os 30 e 40% - ao contrário do que tem vindo a ser noticiado, informando uma participação, em alguns hospitais, superior a 90%".

Pela análise da informação de segunda-feira e da até ao momento recolhida, nomeadamente através das diferentes unidades hospitalares da região Norte, com excepção do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, Unidade Local de Saúde do Alto Minho e Hospital de Barcelos, "todo o programa cirúrgico, ainda que com limitações e adiamento de algumas cirurgias, funcionou", refere.

"No que respeita a consultas de ambulatório - de especialidade hospitalar - as agendas foram sendo cumpridas, com números de adiamentos, na maior parte dos casos, residuais e, em algumas unidades, até com realização a 100%", sustenta a ARS/N.

Acrescenta que "nos cuidados de saúde primários de toda a região, também, até ao momento, não foi reportado ao conselho directivo qualquer situação de rotura que, em função da mesma, tivesse que se proceder ao encerramento de qualquer unidade".

Esta greve dos enfermeiros, marcada pela FENSE, que integra o Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem (SIPE) e o Sindicato dos Enfermeiros (SE), visa protestar contra o impasse na negociação do acordo colectivo de trabalho, que começou há um ano.

Os enfermeiros exigem a conclusão da negociação do Acordo Colectivo de Trabalho entregue pelos sindicatos em 16 de Agosto de 2016 e pretendem que seja criada uma carreira especial de enfermagem que integre a categoria de enfermeiro especialista.

Reclamam também o descongelamento da carreira, lembrando que o Estado deve aos enfermeiros 13 anos, 7 meses e 25 dias nas progressões, e a revisão das tabelas remuneratórias.

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