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Portugal critica desvio de avião e pede "libertação imediata" de jornalista bielorrusso

Lusa 24 de maio de 2021 às 07:56

O avião que foi desviado para Minsk, na Bielorrússia, a meio de um voo entre Atenas, na Grécia, e Vílnius, aterrou na capital lituana, mas sem o jornalista bielorrusso Roman Protasevich.

O Ministério português dos Negócios Estrangeiros considerou hoje "inaceitável" e merecedora de uma "firme condenação" a aterragem forçada na Bielorrússia de um avião em que seguia o jornalista Roman Protasevich, pedindo a "libertação imediata" deste.

Roman Protasevich Reuters

"A aterragem forçada hoje na Bielorrússia de um avião europeu, em rota entre duas capitais da União Europeia, é inaceitável e merece a nossa firme condenação. Exigimos a libertação imediata de Roman Protasevich", publicou o ministério português na plataforma social Twitter.

O ministério tutelado por Augusto Santos Silva lembrou que "o Conselho Europeu discutirá este assunto amanhã [segunda-feira]", à semelhança do anunciado esta tarde pelo porta-voz do presidente deste organismo europeu, também no Twitter.

Charles Michel colocará assim na agenda do Conselho Europeu o caso do avião que seguia hoje de Atenas (Grécia) para Vílnius (Lituânia) e que foi desviado para Minsk (Bielorrússia), onde o jornalista Roman Protasevich, que seguia a bordo, acabou por ser detido.

A União Europeia (UE) já se preparava para reforçar as sanções existentes contra o regime da Bielorrússia.

Vários países europeus já exigiram uma explicação à Bielorrússia.

Também o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considerou que o desvio do avião é "um incidente sério e perigoso que requer investigação internacional".

O avião da Ryanair fazia um voo entre a Grécia e a Lituânia, dois países membros da NATO.

Roman Protasevich, cujo canal Nexta na rede social Telegram se tornou na principal fonte de informação nas primeiras semanas de protestos antigovernamentais após as eleições presidenciais de agosto de 2020, viajava de Atenas para Vílnius e acabou detido pelas autoridades bielorrussas, quando os cerca de 120 passageiros do avião da Ryanair foram forçados a submeter-se a novo controlo em Minsk devido a um suposto aviso de bomba.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou "totalmente inaceitável" a aterragem forçada em Minsk do avião da Ryanair, que seguia de Atenas para Vílnius e sublinhou que "qualquer violação das regras de transporte aéreo internacional deve ter consequências".

Por seu lado, o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, defendeu hoje que o Conselho Europeu deve decidir, na reunião de segunda-feira, sanções à Bielorrússia, incluindo a proibição de a companhia Belavia aterrar em aeroportos da UE.

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