Sábado – Pense por si

Rui Hortelão
Rui Hortelão Director da SÁBADO
20 de fevereiro de 2014 às 13:47

Por ajuste directo

Não há inocentes neste “enorme aumento” da falta de transparência da democracia. Governo, autarcas e gestores públicos, tantas vezes em aparente confronto, são cúmplices de máxima lealdade em matéria de ajustes directos

Governo passou 2013 a pedir sacrifícios, a invocar igualdades e necessidades inadiáveis, a esmagar a qualidade de vida dos portugueses em nome de um prometido País melhor e mais justo. O ano foi de “enorme aumento de impostos”, como anunciado anteriormente pelo então todo-o-poderoso ministro das Finanças, Vítor Gaspar; houve privatizações e perdão fiscal, houve tudo o que o Tribunal Constitucional permitiu para assegurar boas notas nas avaliações da troika e benevolência dos mercados.

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Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.