Embora o Hamas esteja longe de representar os palestinianos, o ataque tem mais apoios “populares” do que apenas a organização na faixa de Gaza, em parte pelo sentimento de impasse na região
Não. Pelo menos tão cedo, e o cedo aqui é um longo cedo. Embora o Hamas esteja longe de representar os palestinianos, o ataque tem mais apoios “populares” do que apenas a organização na faixa de Gaza, em parte pelo sentimento de impasse na região, agravado pela radicalização do Governo israelita de Netanyahu. Este tem permitido o estabelecimento de novos colonatos, tem produzido legislação que discrimina os árabes israelitas, fecha os olhos às violências contra os palestinianos dos colonos ortodoxos, e está em guerra com uma parte importante da sua população pela tentativa de domar os tribunais para escapar às acusações de corrupção. Como é obvio, nada disto justifica e legitima os massacres do Hamas, mas não pode deixar de ser nomeado, se quisermos definir o “estado” do conflito. Ou seja, o Hamas é uma organização terrorista, uma daquelas que realmente justifica a designação, mas se ampliarmos as responsabilidades no estado de guerra, o actual Governo de Israel não tem feito outra coisa senão deitar achas para uma das fogueiras mais incendiárias do mundo. Mesmo os aliados mais incondicionais de Israel sabem disso, a começar pelos EUA.
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O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.