Rui Tavares tem-se empenhado em explicar as motivações, a estratégia e os objectivos do Livre, o partido político que está a tentar fundar. Segundo o próprio, a nova força posiciona-se “no meio da esquerda” e “quer falar para as questões concretas que afligem trabalhadores, estudantes e pensionistas”. Os problemas de entendimento começam logo aqui. Dito assim, em que é que o Livre se distingue de PSD, CDS, PS, PCP e BE, todos eles historicamente preocupadíssimos com os trabalhadores, jovens e pensionistas? Sobretudo em períodos eleitorais ou pré-eleitorais, e também nisso o Livre se diferencia pouco, afinal: estes são tempos de campanha activa para a angariação das 7.500 assinaturas que a Lei portuguesa exige para a criação de um partido.