Quando o Governo anunciou que restaurantes, cabeleireiros, hotéis e oficinas de automóveis seriam obrigados a passar facturas electrónicas com o número de contribuinte dos clientes, a oposição teve uma apoplexia, as associações do sector entraram em colapso e o “povo” – que, como Mário Soares bem nos lembra, é quem mais ordena – revoltou-se. Foram criados grupos de protesto no Facebook, circularam abaixo-assinados na Internet e distribuíram-se os números de contribuinte de Passos Coelho e Miguel Relvas para que os portugueses se pudessem revoltar contra esta tremenda injustiça do Governo.