A reação do Chega à suspensão no Facebook foi como se tivesse instituído um novo regime de censura em Portugal (e não a mera violação de termos e condições de uma rede social). 50 anos depois do 25 de abril, a liberdade de expressão continua a ser uma pedra basilar da democracia – mas é importante lembrar que discurso de ódio não é opinião, é crime.
Foram três dias de rasgar as vestes. Mal o Chega foi notificado pelo Facebook de uma suspensão de 10 anos, os dirigentes do partido acorreram às redes sociais para proclamar "o regresso da censura" em Portugal. "Isto é censura, é inqualificável, é um ultraje e uma perseguição política!", afirmou o deputado Pedro Frazão, vice-presidente do partido. "Querem de novo censura em Portugal", disse o deputado André Ventura, presidente do partido, usando uma mordaça num vídeo. Na véspera, o deputado Diogo Pacheco de Amorim, um dos vice-presidentes da Assembleia da República, afirmou que "continua a existir censura": "Não vivemos em liberdade (…). Essa liberdade autêntica que nunca nos chegou com o 25 de Abril tem de ser reconquistada palmo a palmo." A suspensão, que demoraria 10 anos, reverteu-se em três dias – e o alarme histérico do Chega, que mistura a violação de termos e condições do Facebook com um alegado novo regime de censura em Portugal, é representativo da toxicidade vigente do atual ambiente digital.
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Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
O Chega está no centro do discurso político e comunicacional português, e bem pode o PSD querer demarcar-se a posteriori (e não quer muito) que perde sempre. A agenda política e comunicacional é a do Chega e, com a cloaca das redes sociais a funcionar em pleno
É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro